25 julho, 2010

A mulher [quase] invisível

Viva a burca, ela é democrática!
Com ela não há mulheres feias ou fora de forma, todas são deliciosas.
Tudo depende da voz e do perfume que escapa do filó.
Conheço um Mohamed que namorou a prima, casou-se com a cunhada, mas descobriu a vizinha na lua de mel.
Não tem problema. Não gostou? Case de novo e diminua o estoque de solteiras.
Bendita invenção!
Acabou a ditadura das gostosas. No Brasil, quem não é jogador de futebol fica na mão.
Vamos adotar uma burca brasileira, mais curta um pouco porque adoro um pezinho.
É também garantia de não levar uma bichona para o motel.
É roupa prática. Quando impermeável, defende da chuva.
Até fazer um xixi em pé, numa esquina discreta, é possível.
Dispensam roupas íntimas, joias e a visita semanal ao cabeleireiro.
Que venham as burcas e o viagra genérico!
Já preparei o porão lá de casa para o harém.
Minha mulher ainda não sabe das minhas intenções, mas acho que não vai se incomodar.
A traição só dói quando é notória.
Nelson José Cunha

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