31 julho, 2010

"Pérolas" do saber jurídico

O colega Nelson Cunha, residente em João Monlevade, me enviou estas "perolas" (não é só no Orkut que tem) do saber jurídico brasileiro:

"Fulano de tal, falecido em 8 de maio de 2003, conforme certidão de óbito em anexo, doravante denominado reclamante, por seu advogado signatário, vem perante Vossa Excelência ajuizar ação trabalhista...“
(de uma petição inicial na Vara do Trabalho em Varginha-MG)

"O devedor pode ser localizado na casa nº 242 da rua, que fica aos fundos do cemitério, não precisando o oficial de Justiça alegar medo, como pretexto para não realizar a diligência, porque se trata de rua despovoada de almas do outro mundo."
(de uma petição na comarca de São Jerônimo)

"O contestante nega ser o pai da criança, pois não chegou à mãe do investigante. Mesmo tendo sido uma noite de orgias, com vários participantes, o investigado limitou-se a uma única cópula, com outra pessoa da roda, após o que ficou com o tiche murcho."
(de uma contestação, em ação de investigação de paternidade, numa Vara de Família em Porto Alegre)

"A empresa é responsável, pois, em casos de assaltos dentro de seus coletivos, deveria ter câmeras acopladas a satélites para a segurança dos passageiros."
(de um voto vencido, em acórdão do TJRJ)

"Edital é uma forma de fazer uma pessoa saber o que ela não sabe, só que muitas vezes, porque não lê o jornal, ela não vai mesmo ficar sabendo."
(resposta em uma prova de Processo Civil, em Faculdade de Direito da Grande Porto Alegre)

"O réu jamais se furtou ao recebimento da citação. Ocorre que reside em um local onde tem várias casas com o mesmo número, uma espécie de apartamento deitado."
(de uma contestação, em processo na comarca de Pelotas, com o réu tentando explicar que não se escondera do oficial de Justiça)

"Bens móveis são aqueles que são fabricados nas marcenarias. Já os bens imóveis são aqueles que não se movimentam, como um edifício, e também, por exemplo, um veículo que por estar sucateado não tem como ser removido."
(de um universitário, ao fazer a diferenciação entre bens móveis e bens imóveis, numa prova de Direito Civil)

"A parte autora diz que, no contrato de compra e venda, estão presentes o sujeito e o objeto, mas não aponta onde estará o predicado."
(de uma contestação em ação revisional)

"Deixei de fazer a citação tendo em vista que o réu está em lua-de-mel e me respondeu por telefone que, nos próximos dias, não está nem aí...“
(de uma certidão de oficial de Justiça)

Penhorei uma mesa de comer velha, de quatro pés... "
(certidão lançada por um oficial de Justiça, em Passo Fundo, após efetuar uma penhora)

"O mutuário foi para São Paulo melhorar de vida. Quando voltar, vai liquidar com o Banco.”
(informação de oficial de Justiça, não tendo encontrado o réu)

"Os anexos seguem em separado.“
(de um termo de encerramento de laudo judicial, em processo que tramitou perante Vara Cível do foro João Mendes – SP)

"... um crucifixo, em madeira, estilo colonial, marca INRI sem número de série.”
(descrição da penhora feita por um oficial de Justiça de Porto Alegre)

Um comentário:

Anônimo disse...

hahahahahhaha Muito boas gostei mas dessa "... um crucifixo, em madeira, estilo colonial, marca INRI sem número de série.” lol kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk