31 janeiro, 2011

Guariroba no foie gras

"Não existe cura para o nascimento nem para a morte, a não ser aproveitar o intervalo entre eles." G.Santayana (*)

Tempo de vida não mede a vida vivida, pois a vida não mede o tempo.
Nós atribuímos medida ao tempo e passamos a vida medindo, mais do que vivendo.
A vida apenas vive.
Então, seja a vida um relâmpago ou centenária, entre o nascimento e a morte descubra o encanto do tempo infinito.
Viva a sensação de eternidade das crianças, e o "para sempre" da juventude, seja temerário como os loucos e os bêbados!
Como disse Shakespeare: "Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o corajoso experimenta a morte apenas uma vez."
Só existe uma contra indicação: se apaixonar pela vida, amante fugaz e traiçoeira, que nos abandona em qualquer esquina.
Mas não se amedronte, se preocupe ou não com a vida, ela não se preocupa com você.
Então, esqueça a vida e viva a vida!

Fernando Gurgel Filho
Nota do Editor
(*) No original: "There is no cure for birth and death save to enjoy the interval." George Santayana, Soliloquies in England, 1922, "War Shrines".

30 janeiro, 2011

E a leve impressão de que já vem tarde

...
As novas bulas que irão para as caixas dos medicamentos adquiridos pelos consumidores conterão letras maiores: Times New Roman, tamanho mínimo 10. Já as bulas dos profissionais de saúde, que estarão disponíveis no Bulário Eletrônico da Anvisa, terão tamanho 8.

Essa resolução da Anvisa é somente aplicável à indústria farmacêutica no Brasil. Os blogs, por enquanto, não são obrigados a cumpri-la em sua postagens. PG

Comentário de Carla Simone Rodrigues
Depois que virei os quarenta senti certa dificuldade de me entreter com bulas, passatempo que eu amava.
Agora poderei ler todos os sintomas colaterais e ficar esperando um por um.
Rsrsrsrsrs...

Moto velha

Caro Dr. Nelson Cunha,
Leio sempre suas crônicas no jornal e gosto muito. Vejo que é uma pessoa vivida e experiente e por isso me atrevo a lhe pedir um conselho. Sou bem casada, tenho 56 anos, mas ainda trabalho muito.Um dia desses, saí para o serviço de manhã e minha moto, dessas antigas, parou de funcionar em pleno trânsito. Eu estava parada no sinal e fiquei até envergonhada da quantidade de buzinaços que recebi. Voltei para casa a pé e cheguei esgotada porque é só subida até chegar onde moro. Quando entrei em casa, meu marido estava transando na sala com a empregada recém contratada.Os dois estavam na maior sem-vergonhice no meu tapete persa que me custou uma fortuna. Não posso nem ver o tapete mais. A empregada é jovem e linda, não posso negar, mas nunca pensei que meu marido fosse capaz de uma coisa destas. Estou desesperada. É caso de separação? O que eu faço?
Marli Boaventura

Minha cara leitora Marli,
Numa situação dessas o melhor a fazer é retirar sua moto do meio da rua e encostá-la no meio-fio para averiguações. Veja se o problema é elétrico retirando o fio da vela, e o encostando na lataria enquanto dá partida com o pedal. Se sair faísca o problema é combustível. Olhe se tem gasolina no tanque e se tiver desconecte o filtro porque pode estar entupido. Retire a válvula do pistão e jogue um pouquinho de gasolina lá dentro. Tente dar a partida novamente. Se o motor ameaçar pegar, o carburador está entupido. Chame um mecânico porque ficaria difícil desmontar um carburador na rua. Pegue um táxi porque na sua idade fazer caminhadas forçadas é prejudicial ao coração. Ao chegar à casa, demita a empregada. Dê a ela o meu telefone porque estou procurando uma empregada destas. Meu telefone é : 31. 1337 1238. O caso é de separação: separe o tapete persa e mande entregá-lo aqui em casa. Vou tratar de escondê-lo na minha sala e você nunca mais vai precisar olhar pra ele.
Nelson Cunha

♪Siboney♪

Do compositor cubano Ernesto Lecuona, executada ao piano por Rubén Gonzáles com acompanhamento de baixo e percussão.


Rubém Gonzáles (1919-2003) foi um dos grandes pianistas cubanos. Com suas improvisações sincopadas, ajudou a desenvolver o mambo, o cha-cha-cha e outros ritmos de seu país. Tinha um estilo próprio de tocar piano, reconhecível mesmo que ele estivesse no meio de uma grande orquestra.
Juntamente com Ibrahim Ferrer, Compay Segundo, Omara Portuondo, Pio Leiva, Puntillita, Orlando “Cachaito” e outros, o pianista participou do Buena Vista Social Club, um conjunto que, em 1996, gravou o álbum musical homônimo organizado por Ry Cooder.
A alegria que Rubén tirava do instrumento podia ser vista por todo o seu ser. Ainda que ele tenha partido, a sua música perdura entre nós que continuamos a dela desfrutar.

29 janeiro, 2011

Como tudo começou

Aqui se revela o que um dia aconteceu a Ronald McDonald quando ele era palhaço de rodeio.


Essa vingança o Palhaço dos Arcos Dourados cumpre até hoje.

28 janeiro, 2011

Sexo. Contagem das calorias


Sabe-se, há muito tempo, que fazer sexo é um bom exercício. Mas, até recentemente, não existiam estudos científicos que quantificassem os gastos calóricos relacionados com as atividades sexuais.
Agora, eles já existem.



TIRANDO SEU VESTIDO:
Com o consentimento dela........................ 12 calorias
Sem o consentimento dela....................... 187 calorias

ABRINDO SEU SUTIÃ:
Com ambas as mãos................................ 8 calorias
Com uma mão....................................... 12 calorias
Com os dentes...................................... 85 calorias

COLOCANDO A CAMISINHA:
Com ereção........................................ 6 calorias
Sem ereção..................................... 315 calorias

PRELIMINARES:
Tentando achar o clítoris............................. 8 calorias
Tentando achar o ponto G........................ 92 calorias

POSIÇÕES:
Missionária.......................................... 12 calorias
69 por baixo........................................ 78 calorias
69 por cima....................................... 112 calorias
Carrinho de mão................................ 216 calorias
Cachorrinho....................................... 326 calorias
Candelabro italiano............................ 912 calorias

ORGASMO:
Real........................................... 112 calorias
Falso.......................................... 315 calorias

PÓS-ORGASMO:
Descansando abraçado................................... 18 calorias
Levantando-se imediatamente.......................... 36 calorias
Explicando porque saiu logo da cama............ 816 calorias

CONSEGUINDO A SEGUNDA EREÇÃO: Se você tem:
20-29 anos........................................ 36 calorias
30-39 anos........................................ 80 calorias
40-49 anos...................................... 124 calorias
50-59 anos...................................... 972 calorias
60-69 anos.................................... 2916 calorias
70 acima............................................. por definir

VESTINDO-SE APÓS:
Calmamente..................................................... 32 calorias
Apressadamente.............................................. 98 calorias
Com o esposo dela batendo à porta............. 1218 calorias
Com a sua esposa batendo à porta.............. 3521 calorias


Não me peçam explicações adicionais. Eu não sou um sexólogo, sou um tradutor. PGCS


Post scriptum
The Italian Chandelier Position.

Os biellenses, gente dura

Meu pai já contava a história abaixo, como piada. Não sabia que era um conto/fábula do Ítalo Calvino.
Fernando Gurgel Filho

Os biellenses, gente dura
Certo dia, um camponês descia para Biella. O tempo estava tão feio que quase não dava para andar pela estrada. Mas o camponês tinha um compromisso importante e continuava a caminhar de cabeça baixa, enfrentando a chuva e a tempestade.
Encontrou um velho que lhe disse:
- Bom dia! Aonde vai, bom homem, com tanta pressa?
- Para Biella – disse o camponês sem se deter.
- Poderia dizer ao menos: "se Deus quiser".
O camponês parou, encarou o velho e contestou:
- Se Deus quiser, vou para Biella; e, se Deus não quiser, vou do mesmo jeito.
Ora, aconteceu que aquele velho era o Senhor.
- Então, você irá para Biella dentro de sete anos – disse-lhe. - Nesse ínterim, dê um mergulho naquele pântano e fique por lá sete anos.
E o camponês se transformou em rã de um só golpe, deu um salto e sumiu no pântano.
Passaram-se sete anos. O camponês saiu do pântano, virou homem, enfiou o chapéu e retomou a estrada para o mercado.
Após alguns passos, eis de novo aquele velho.
- Aonde é que vai, bom homem?
- Para Biella.
- Poderia dizer: "se Deus quiser".
- Se Deus quiser, melhor; caso contrário, já conheço as regras, e posso ir sozinho para o pântano.
E não houve jeito de arrancar nem mais uma palavra dele.

Italo Calvino
Fábulas Italianas
Companhia de Bolso

Emprego bom

1 Emprego bom
Não é o que dura
Uma ligeira
Vilegiatura
2 Ou o que somente
Por desventura
Tem mui sovina
A cobertura.
3 Não é o que exige
Qualquer cultura
Ou algum diploma
De formatura.
4 Não é que muita
Vivalma fura
Usando apenas
A formosura.
5 Não é também
O que se atura
Pra se livrar
De uma apertura.
6 E o que dizer
Se a criatura
É meio chegada
A uma bravura
7 E assume emprego
(Desdita pura!)
De trabalhar
Em desmesura?
8 Emprego bom
Tal a finura
Que a gente hesita
Na compostura
9 E até fratura
A dentadura
Mas sem largar
Da rapadura
10 Não se vê nem
Na prefeitura:
Emprego bom
É a sinecura. --- Autor: Paulo Gurgel

27 janeiro, 2011

Estátua condenada

Paulo,
Imaginei esta notícia para foto anexa:
Estátua eslovena foi condenada a ser derretida por atentado violento ao pudor. O metal derretido será aproveitado para fazer um novo sino para a catedral de Bratislava. Segundo a sentença do juiz, o sino pagará pelos seus pecados ao ser açoitado diáriamente por um badalo de aço. Seus gritos ecoarão pelo vale do rio Danúbio como um alerta para que outras estátuas não ousem cometer o mesmo delito.
A sentença provocou a ira das moças frequentadores do Parque de Lesny, em Bratislava, que já se acostumaram a ficar horas na fila diante da estátua, esperando a vez de serem acariciadas.
Nelson Cunha

Nelson,
Pela foto a gente vê como a estátua é enxerida. Ser a mesma derretida para ficar com um falo badalo de aço, isso lá é punição.
Paulo

Confissões durante a colonoscopia

Colonoscopia não é brincadeira, mas o que se comenta durante o exame pode ser engraçado.
Um médico anotou estes comentários, feitos por seus pacientes (predominantemente do sexo masculino), enquanto executava suas colonoscopias:
1. "Com calma, doutor. Você está indo aonde nenhum homem jamais esteve!"
2. "Encontrou Amelia Earhart?"
3. "Você pode me ouvir agora?"
4. "Somos nós aí? Somos nós aí? Somos nós aí?"
5. "Você sabe, no Arkansas, nós agora estamos legalmente casados."
6. "Algum sinal dos mineiros presos, chefe?"
7. "Você põe sua mão esquerda, você tira sua mão esquerda ..."
8. "Ei! Agora sei como um Muppet sente!"
9. "Se sua mão não se encaixa, você deve desistir!"
10. "Doutor, vamos ver se você encontra a minha dignidade."
11. "Você já foi um executivo da Enron, não foi?"
E um dos melhores de todos:
12. "Você poderia escrever um bilhete para minha esposa dizendo que a minha cabeça não está lá em cima?"

Colonoscopy humor, Bits and Pieces

26 janeiro, 2011

Aula de html

O Programa de Qualidade do Blog EntreMentes - 2

Após publicarmos o Programa de Qualidade (PQ) do Blog Entrementes é que fomos perceber que os nossos clientes não tinham sido levados em consideração durante a elaboração do referido PQ. Não foi uma grande falha, mas para evitar reclamações (em geral descabidas), optamos por fazer um que atendesse a essas necessidades específicas.

25 janeiro, 2011

Fé e coragem



Salvar o mundo requer fé e coragem. Fé na razão e coragem de proclamar o que a razão mostra ser verdadeiro.


Bertrand Russell
filósofo e matemático inglês


Itapiúna - CE

Sonho x pesadelos


Meu sonho é... cortar todos as ligações com a civilização, mas continuar na internet.

Meus pesadelos são... essas cinquenta e duas formas já contabilizadas de como alguém pode morrer numa caverna: por queda, soterramento, mordida de morcego, picada de animais peçonhentos, desorientação, afogamento, asfixia, explosão de gases, hipotermia, exaustão, histoplasmose etc.

52 Ways to Die in a Cave

Itapiúna - CE

24 janeiro, 2011

Conto ou não conto?

Prezada Márcia Goldschmidt,

Recorro a você para pedir conselho num dilema muito sério. Eu tenho uma namorada que amo intensamente e quero casar com ela. O problema tem a ver com a minha família: eu tenho receio que a minha namorada não se identifique com ela e que isso gere conflitos em nosso relacionamento.
Papai é chefe de tráfico e tem uma atuação muito forte aqui no Rio. Ele conheceu a minha mãe numa casa de tolerância e conseguiu tirá-la dessa vida. Hoje, ela tem a sua própria zona com mais de duzentas mulheres e homens, e não precisa mais exercer esse trabalho pessoalmente. Só de vez em quando para se manter sempre por dentro das tendências do mercado. Tenho três irmãos e duas irmãs que eu conheço pessoalmente. O mais velho é deputado federal. O segundo tinha problemas, mas mudou muito de vida depois que cumpriu a pena por sequestro e estupro e hoje é bispo da Igreja Universal da Glória de Jesus. Já ressuscitou mais de quatorze mortos e curou mais de três mil aidéticos e vive bem, com a graça de Deus, com as suas quatro esposas em Jurerê Internacional. Meu terceiro irmão abandonou a milícia que comandava no Complexo do Alemão, se arrependeu dos presuntos que tem no currículo, saiu do armário há uns oito meses. Hoje, é travesti e trabalha na rua do Jóquei em São Paulo, mas ele faz só ativo. Apesar de ter virado a casaca e largado o Mengão pra virar corintiano por causa do Ronaldo, ele é um menino bom e não causa preocupação na família. A gente vê que ele está bem encaminhado. A minha irmã mais velha casou com o avô da ex-namorada dela, que está em estado vegetativo por causa de um derrame que ele teve quando o bicho pegou na época do mensalão. Ela abriu sua própria empresa em parceria com um sindicato, um despachante e um cartório, e hoje vende autopeças procedentes de veículos desaparecidos de outros Estados. E a minha irmã caçula trabalha de dia como atriz nas Brasileirinhas e de noite ajuda a mamãe, só que ainda na fase do atendimento direto ao cliente, para poder pegar o know-how do negócio a partir da base. Bom, Márcia, a minha pergunta é a seguinte: você acha que eu devo revelar de uma vez ou ir revelando, pouco a pouco, para minha namorada que eu tenho um irmão deputado?

Anônimo do Recreio dos Bandeirantes 
(repassado por Fernando Gurgel)

Baturité - CE

Um gênio pode ser ingênuo

Uma história para ajudar a entender como os gênios também podem ser ingênuos.
Quando estava a trabalhar Isaac Newton, um dos maiores cientistas de todos os tempos, não gostava de ser incomodado. O cientista, porém, criava uma gata que miava muito para que lhe abrissem a porta da casa. Então, para deixar de ser importunado, Newton cortou um buraco no fundo do porta, de modo a que sua gata pudesse entrar ou sair quando bem entendesse.
Devido ao hábito de flertar com os gatos da vizinhança, aconteceu a ela, naturalmente, o que tinha de acontecer: a gata emprenhou e, algum tempo após, deu à luz vários gatinhos.
Preocupado com o fato, Newton fez na porta outros buracos menores. A fim de que os gatinhos pudessem acompanhar a mãe em todas as idas e vindas. PGCS


O QUE A GATA DE NEWTON GOSTAVA DE FAZER FORA DE CASA

23 janeiro, 2011

Mensagem, post e viagens

Caro Paulo,
Winston: fotografado em El Caminito, B.A.
De volta ao correio eletrônico após um tour (P.Alegre, Gramado, Canela, B.Aires e S.Paulo) e uma virose...
Se não quiser pegar uma virose respiratória não passe pelo aeroporto de Guarulhos: os paulistas confinam os embarques domésticos em uma saleta 10x4 em um porão, com 3 portões e uma multidão de gente em pé ou sentada na escada, sem direito a ventilação nem ar condicionado. Lembra mais um campo de concentração! E na hora de embarcar salve-se quem puder e tiver cuidado com sua bagagem de mão!
Essa é a maneira paulista de governar...ainda bem que não votei no vampiro careca.
Buenos Aires continua suja, mas ainda com um ar europeu blasé, com a Calle Florida, invadida por imigrantes coreanos, peruanos, uruguaios, bolivianos e colombianos. E com uma inflação galopante: o que deixa o Real mais valorizado e os preços locais mais caros do que no Brasil! A única coisa que ainda permanece barata é táxi. Uma corrida de taxi para o aeroporto de Ezeiza, a 55 kilômetros da cidade, é de 135 pesos, incluindo os pedágios.
Em outras palavras: não adianta ir lá para comprar, só para passear.
Os argentinos continuam amáveis e educados, mas muito cuidado com mochilas, bolsas e carteiras e saidinhas bancárias. Tenho a vaga impressão de que não “esqueci” meu iPad por lá: roubaram-no no lobby do hotel, na hora da saída para o aeroporto.
Mas, no frigir dos ovos, valeu rever B.A. porque um dia no El Caminito, em La Boca, ou uma tarde na Livraria El Ateneo Grand Splendid, não tem preço!...
Abraço.
Winston Graça

Mensagem aqui publicada por reunir informações de interesse a quem vai viajar para a capital portenha. E para avisar que o seu remetente, o médico Winston Graça, responsável pelo blog Saco de Gato, passou a organizar suas produções culturais e artísticas em um website, o novo Saco de Gato. Sem esquecer os e-mails (acompanhados por fotografias que valem mil prazeres) que ele continua a enviar para os amigos quando o assunto é uma de suas viagens. PGCS

♪My Sweet Lord♪

Paulo,
Veja aí a versão de "My Sweet Lord", de George Harrison, feita por seus amigos dois anos após a morte desse integrante de The Beatles.
* No violão Eric Clapton,
* na guitarra elétrica o filho de George Harrison,
* na segunda guitarra elétrica Tom Petty,
* na primeira bateria Ringo Star,
* na segunda bateria Phill Collins,
* ao piano Paul McCartney,
* ao órgão e primeira voz o incrível Billy Preston que, tocando piano e órgão, era "o quinto Beatle" nas gravações
* entre as vocalistas do coro Linda Eastman.
Também estavam presentes nesse concerto Bob Dylan e Ravi Shankar, Jethro Tull e o pessoal do 'The Cream' de Eric Clapton.
Nelson

22 janeiro, 2011

Uma estátua de ponta-cabeça

Louis Agassiz não estava de acordo com o que Darwin havia escrito em seu livro sobre as espécies. Não, as coisas não tinham acontecido assim... Agassiz tinha a firme convicção de que Deus havia criado as espécies fixas e imutáveis e aquilo que o barbudo inglês proclamava beirava a heresia.
A Bíblia dizia isso claramente, especificando em que dia e em que ordem se criara o mundo e as criaturas que o habitavam, e nada dizia sobre macacos que evoluíam nem de espécies que se modificavam.
O confronto entre Agassiz e Darwin teria sido uma polêmica sonhada. O suíço criacionista jamais aceitou a teoria da evolução que o inglês propôs.
Agassiz morreu em 1873 e, apesar de seus confrontos e disputas com os evolucionistas, foi um bom naturalista e um zoólogo que mereceu o reconhecimento em sua época.
No entanto, quase 100 anos depois de seu nascimento, na manhã de 18 abril de 1906, a estátua que homenageia Louis Agassiz no Departamento de Zoologia, na prestigiada Universidade de Stanford, na Califórnia, apareceu desta forma:

Leia a história completa (em espanhol) em La Aldea Irreductible, o blog cultural de Javi Peláez.

Um cego em Paris

Um cego, que estava sentado numa calçada em Paris, pedia esmolas com um boné surrado e uma placa de madeira, bem simples, com estes dizeres escritos a giz: “Por favor, ajudem-me, pois sou cego”.
Dentre muitas pessoas que passavam pelo local, apareceu um publicitário.
Ele parou e ficou observando a cena.
Observou também que dentro do boné do cego havia poucas moedas.
Sem pedir licença ao cego, pegou a placa e mudou sua mensagem.
Depois disso, colocou-a no lugar onde estava e foi embora.
No final da tarde, o publicitário retornou ao local.
Observou que o boné estava cheio de cédulas e moedas.
O cego, com a audição aguçada que tem o deficiente visual, reconheceu - pelos passos - que era quem reescrevera a mensagem em sua placa.
Arriscou uma pergunta:
- Meu amigo, qual é a mensagem que agora está escrita em minha placa?
O publicitário respondeu:
- Nada que não esteja de acordo com o anúncio anterior, mas com outras palavras.
E, sorrindo, continuou seu caminho pelas ruas de Paris.
O cego não foi informado, mas o que fora reescrito na placa dizia o seguinte:
“Hoje é primavera em Paris. E eu não posso vê-la!”
(de autor ignorado, reescrita)
NJC disse...
Há um "curta" espanhol de 2006 com esse tema. Depois dele, outros chuparam a ideia e ganharam até o Festival de Cannes com o plágio.
Historia de un letrero

21 janeiro, 2011

"Merde!"


Nelson José Cunha

No lado direito da porta principal, na humildade de um primeiro degrau, arfante, abandonada até dos medos, pude tocá-la com mãos piedosas. Uma pombinha entre outras mil que recebem diariamente meus desaforos por sujarem o beiral. O telhado está pintado de dejetos, formando um desenho camuflagem como um pára-quedas militar caído.
Ela era branca como a miséria de estar só. Preta como o azar e cinza como tudo que acabou sem serventia.
Branca, cinza e preta eram as cores de uma pombinha sem nobreza. Pomba comum, pomba ralé, pomba caída.
Ela aceitou o afago e os cuidados que se seguiram: alpiste no bico, água na colher e esparadrapo na perninha quebrada. No dia seguinte, o radiante azul da varanda descoberta estimulou a vôo e a paciente deixou o “Hospital”.
A pomba quando lia no original:
"Aprenda a cagar nos pedestres
 - em 12 lições apenas".
Ficaram apenas duas penas vencidas e líquidos cloacais a impregnarem um jornal em que ainda se lia: DILMA EMPOSSADA.
Os franceses dizem merde quando desejam boa sorte a alguém. Seriam bons augúrios para o Brasil?
Merde! Minha pombinha.
Merde! Querida Dilminha.
Merde! Beaucoup de merde partout!
É do que precisamos em 2011.

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Post scriptum
"Dinosaurs. Some of them evolved flight and survived the KT extinction just so one could shit on my head 2 minutes ago. 
Tanta evolução para isto. PGCS

O orador baiano

O avião tinha acabado de decolar do Aeroporto Pinto Martins. Voo para São Paulo com escalas. Pelo microfone, o comandante Aparício fez a saudação de praxe. O célebre "senhores passageiros, aqui lhes fala o... blá, blá, blá..."
Nisso, um tipo recém-embarcado, baixo e de poucas carnes, sem qualquer consideração ao aviso que mandava prender o cinto e ficar sentado durante a decolagem, pôs-se de pé. Pigarreou. E deu início a um formidável discurso de retribuição aos votos de boa viagem. "Em nome de todos os passageiros deste avião", sem explicar, porém, como, por quem e quando lhe fora dado o tal mandato.
Refeitos da surpresa, logo soubemos quem era o estranho: um orador baiano! Meus Deus, orador baiano é fogo!

Continue a ler o conto no Preblog.

20 janeiro, 2011

O verdadeiro sabotador

Não tenho mais como esconder minha torpedeação torpe ação. Não é de agora que faço isso. Cometo essas vilanias contra o Big Brother Brasil há onze anos.
Aparece o Bial, eu corro pro dial.
A busca terminou. Eu sou o verdadeiro sabotador do BBB.
Entrego-me esperando a compreensão dos meus julgadores. Afinal, estou usando o recurso da delação premiada em causa própria.

Sabotagens em 2006, 20072008 e 2009.
Em tempo: o blog começou em novembro de 2006.

A construção de um personagem


PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN, de Lionel Shriver

Por Fernando Gurgel Filho (*)

Assassinatos em série em escolas americanas são recorrentes. Explicações, idem. Mas o livro “Precisamos falar sobre o Kevin”, de Lionel Shriver, apenas expõe as dificuldades e perplexidades no seio de uma família onde o rumo parece ser ditado pelas ambições individuais. E onde o indivíduo parece ditar o rumo que não se sabe qual é.
O que fazer para castigar uma criança que não tem apego a nada? Se nada a atinge? Proíbi-la de ver televisão? Indiferente! De passear? Indiferente! De jogar? Indiferente! Ou proibi-la de sair com amigos que não tem?
O que fazer quando escondemos de um adolescente cenas de terror e de violência na televisão se, para este adolescente, tanto faz assistir uma cena de amor, de sexo, de assassinato, de culinária ou de um evento cultural?
Um dia ele terá alguma inclinação por algo? O que será?
Não creio que a autora deu alguma resposta, mas o choque de uma narrativa fria e crua nos faz sentir calafrios e procurar nossas próprias respostas ou, ao menos, obriga-nos a utilizar o pouco conhecimento que temos do assunto, bem como nossas melhores emoções, para tentar evitar que os nossos filhos tomem caminhos sem volta.
Apesar de ficção, a construção do personagem fez-se a partir das chacinas reais analisadas pela autora. Daí o pavor que o livro provoca, pois existe uma realidade retratada no cotidiano de qualquer família e que, sem motivo e sem culpados, simplesmente explode em um adolescente indecifrável. E cruel ao extremo.

(*) O autor publicou esta resenha originalmente em Sabor de literatura, blog de Gilmar Bossle.

T. rex na Amazônia

T. rex vivendo atualmente na Amazônia peruana.
O T. rex aqui é o nome simplificado da Tyrannobdella rex, uma sanguessuga gigante recém-descoberta. Ela recebeu este nome por lembrar, quanto ao gigantismo da espécie, o Tyrannosaurus rex. Além disso, possui dentes proporcionalmente grandes (outro ponto em comum com o Tyrannosaurus), e suas partes pudendas, segundo os zoólogos que a examinaram, são extremamente pequenas.
Evitando prosseguir com as comparações, devo aqui anunciar que o invertebrado entrou para a lista dos 10 novos animais mais  estranhos de 2010.

19 janeiro, 2011

Contando elefantes

Dentre umas imagens interessantes que Nelson Cunha me enviou, selecionei esta para publicar mo blog.  Mostra 12 elefantes (a contagem não inclui o animal que está no plano inferior) que compartilham 6 cabeças.
Epa! Será que algumas alimárias perderam as cabeças como costuma acontecer com os fósforos (inclusive com os safety matches desta propaganda)?


Ver no blog: Um censo de pouco senso. Se a animação da figura estiver funcionando vale a pena.

A busca do ângulo perfeito

:-)

18 janeiro, 2011

O perfeccionismo do diretor Cameron

Nem todas as cenas filmadas foram aproveitadas na versão final de Avatar.


Uma teoria conspiratória
"Smurf" seria na verdade uma sigla em inglês: S.M.U.R.F.= Socialist Men Under Red Father/ Homens Socialistas sob o comando do "Papai Vermelho". No caso, o Papai Smurf (o único que usa um barrete vermelho) é o que comanda a comunidade dos pequenos seres azuis.
Wikipédia

+ Uma

As 30 mentiras mais contadas agora são...
31. Li e aceito as condições de uso. INTERNAUTA

¿Cómo se llega a una verdad desde la mentira?
Afirmación permanente
La repetición - una mentira repetida mil veces se convierte en verdad (Goebbels)
Uso de frases clave
Empleo de estereotipos
Sustitución premeditada de nombres y adjetivos asépticos por otros que posean connotaciones emotivas favorables o desfavorables
Utilizar el argumento de la autoridad
La mentira descarada
La tergiversación
Fonte:web

17 janeiro, 2011

Pratos nacionais

por Fernando Gurgel Filho (de Brasília)

Existe um chef francês muito respeitado que afirma que o Brasil não possui pratos brasileiros, apenas pratos regionais. E dá exemplos citando a cozinha bahiana, a paraense, a paraibana, a mineira, a gaúcha... E por aí vai. Ora, eu não sou grande entendido no assunto, mas nossos pratos regionais são pratos brasileiros ou não?
Talvez o francês tenha apenas ficado um pouco avariado das funções cerebrais depois de comer vatapá, sarapatel, feijoada e buchada de bode. E sobreviver. Ou talvez tenha razão, tendo em vista o país onde nasceu.
Porém, analisando a coisa mais a fundo, constatamos que:
O caviar russo é persa, ou iraniano como aquele povo é chamado hoje. Vem do esturjão, que é do Mar Cáspio, e os russos acabaram adotando a iguaria. Depois passaram a extraí-la também do salmão e da truta. Cheios de trutas, esses russos!
O churrasco grego é árabe. Foi a Turquia que mandou para a Grécia, a qual prefere chamá-lo grego mesmo. Os turcos não sabem o porquê de tanta ingratidão. Queriam um beijo grego, por acaso?
O pão francês é português. Veio para o Brasil com o nome de cacetinho. Parece que a turma ficava acanhada ao pedir um cacetinho bem quentinho. Principalmente com o Príncipe Herdeiro por perto, considerada a malícia reinante. Sem trocadilhos. Poderia ter sido chamado de pão português, mas virou pão francês e os portugueses não sabem porquê. Nem os brasileiros. Somente os gaúchos continuaram a pedir, até hoje, um cacetinho bem quentinho e os portugueses também não sabem porquê. Nem os brasileiros
O vinho do Porto somente se tornou “do Porto” porque os ingleses davam umas aditivadas nele para aumentar a vida útil. O gosto melhorou, Portugal adotou o costume e continuou chamando de Porto. Mas foram os ingleses que ganharam muito dinheiro com o “Porto”.
O chá inglês foi um costume adotado na Índia por uma inglesa entediada e esfomeada que importava o chá do Ceilão – Sri Lanka - e sempre fazia uma boquinha – bocarra? - à tarde. O chá das cinco virou tradição Imperial. A Índia e o Ceilão continuaram sem chá por muito tempo e os EUA quase mandam o Império às favas por causa do chá. Depois virou Império também. E passou a dar colher de chá pra qualquer xá.
O famoso macarrão italiano é chinês. Com ele, os chineses faziam o lámen, prato que virou lámen japonês, e que o Japão transformou em miojo. Ou seja, a China não reparou que o Japão tinha um olhinho mais aberto e nenhum dos dois reparou na Itália de "zoião" em tudo.
A VERDADEIRA TORRE DE PIZZA
A pizza italiana veio de um monte de gente antiga que fazia pão achatado: babilônios, hebreus, egípcios, gregos e troianos. Da Grécia para Roma foi um pulo, pois era uma iguaria muito popular junto à galera que não tinha outra coisa pra comer. Depois virou uma forma brasileira de comemorar afazeres que não dão nenhum resultado concreto. Assim, “acabar em pizza” tornou-se a forma mais prática e barata de agradar os amigos.
Então, essa história tem que acabar em pizza, numa churrascaria, ambas invenções aqui do patropi.
E depois ainda dizem que não temos uma culinária brasileira!

Ver também...
A CPI da pizza.

Como quebrar a barreira do som... em casa

Podemos pensar que quebrar a barreira do som seja um feito exclusivamente reservado aos aviões supersônicos, mas o fato é que nós provavelmente já o percebemos em nosso quotidiano e até podemos experimentar fazê-lo em nossas casas.
Precisa-se apenas de um chicote. Não, por favor, não é para usá-lo de modo a prejudicar alguém, mas somente para movê-lo e agitá-lo - o que certamente vai produzir um som alto e forte.
Isso, na verdade, é devido ao fim do movimento ondulatório na ponta do chicote, por ter este, ao se mover muito rápido, ultrapassado a velocidade do som.
O chicote foi o primeiro objeto artificial a quebrar a barreira do som. Os cientistas, por volta de 1900, se perguntavam qual a causa desse som. Vinte anos depois, usando a fotografia de alta velocidade, foi revelado que o fato se devia à quebra da barreira do som.
Embora mais lembrados no contexto dos domadores de animais, os chicotes também estão bastante relacionados a ícones da cultura popular como Zorro e Indiana Jones. PGCS

Traduzido de "Cómo romper la barrera del sonido... en tu propia casa", de Eduardo Arcos. In: ALT1040

16 janeiro, 2011

♪Samba Saravah♪

É a versão francesa do "Samba da Bênção", de Baden Powell e Vinicius de Moraes, a qual fez parte da trilha sonora do filme "Um Homem, Uma Mulher", de Claude Lelouch. Na voz de Pierre Barouh, o Embaixador da Bossanova, a música fez muito sucesso na França. E fez muito sucesso, também no Brasil, onde muitos intérpretes da MPB a gravaram.
Neste vídeo, Pierre Barroh canta o "Samba Saravah", ao lado de Stacey Kent. PG


Être heureux, cest plus ou moins ce qu’on cherche.
J’aime rire, chanter et je n’empêche
pas les gens qui sont bien d’être joyeux,
pourtant s’il est une samba sans tristesse
c’est un vin qui ne donne pas livresse,
un vin qui ne donne pas livresse, non
ce nest pas la samba que je veux.

J’en connais que la chanson incommode,
d’autres pour qui ce n’est rien qu’une mode;
d’autres qui en profitent sans l’aimer.
Moi, je l’aime et jai parcouru le monde
en cherchant ses racines vagabondes
aujourd’hui pour trouver les plus profondes,
c’est la samba-chanson qu'il faut chanter.

On m’a dit qu’elle venait de Bahia,
qu’elle doit son rythme et sa poésie à
des siècles de danse et de douleur.
Mais, qu'els que soient les sentiments qu’elle exprime?
Elle est blanche de formes et de rimes,
blanche de formes et de rimes.
Elle est nègre, bien nègre, dans son cœur.

15 janeiro, 2011

Rio [a tragédia] de Janeiro


Lágrimas na chuva são invisíveis
Não são casas levadas pelas águas e engolidas pela lama. São vidas inteiras construindo um lar, uma família, histórias de muitos anos, muita luta e muitos sacrifícios. Tudo apagado em poucos minutos, talvez frações de segundo.
Construir novas moradias é fácil. Resgatar famílias - ou o que restou delas - mutiladas pela dor, quase impossível. Resta-nos a solidariedade.

Fernando Gurgel Filho


É a lama, é a lama
A casa em que Tom Jobim compôs "Águas de Março" e outras canções não existe mais. Duas horas da enxurrada em São José do Vale do Rio Preto (RJ) foram suficientes para destruir completamente o antigo refúgio serrano de Tom. 

Infláveis






PROCURE SABER COMO É O PITO
ANTES DE COMPRAR
PARA NÃO SE ARREPENDER DEPOIS.






Nelson Cunha enviou o cartum.

Dois coroas no baixo meretrício
Dois coroas, depois de encherem a cara no bar, decidem ir a uma casa de baixo meretrício.
A dona do bordel olha bem para os dois e chama a sua gerente:
- Vá aos dois primeiros quartos e coloque uma boneca de inflar em cada cama. Esses dois estão tão velhos e bêbados que não vão notar a diferença. Não vou gastar minhas meninas com esses dois.
A gerente cumpre as ordens e os dois coroas vão para os seus respectivos quartos e fazem os seus deveres de casa.
No caminho de volta para casa, um dos coroas diz:
- Acho que a mulher que estava comigo estava morta!
- Morta?... Diz o outro. Por que você acha isso?
- É que ela não se moveu e não falou nada enquanto eu fazia amor com ela.
- Podia ter sido pior, diz o outro. Eu acho que a minha era uma bruxa!
- Uma bruxa! Por que cargas d'água você acha isso?
- Bem, é que eu estava nas preliminares e dei uma mordida na bunda dela. Aí ela bufou na minha cara, saiu voando pela janela e, ainda por cima, levou a minha dentadura!!!...
Marcelo Gurgel publicou a piada.

Wikipédia - 10 anos

Os números são por demais expressivos.
Disponível em mais de 270 línguas, com mais de 17 milhões de artigos (em constante atualização) e mais de 100 mil colaboradores voluntários em todo o mundo, é o quinto website mais acessado do planeta, com mais de 410 milhões de visitantes por mês.
Estamos a falar da indispensável Wikipédia. Criada em 15 de janeiro de 2001 por Jimmy Wales, esta enciclopédia eletrônica livre, colaborativa e sem fins lucrativos completa hoje 10 anos.

O esquife-móvel de Phil

Aos 62 anos, o coveiro britânico Phil Bisset, de Harold Hill, subúrbio de Londres, criou o seu esquife-móvel. Adepto das baladas noturnas, é nele que o britânico vai a essas animadas festinhas. Até o dia em que, não mais podendo ir a elas por um motivo de força maior, passe o esquife-móvel a ter a sua segunda e definitiva utilidade (para a qual foi de fato construído).
Phil o construiu com uma urna funerária mexicana, pela qual pagou 1500 libras (cerca de 4000 reais), e com partes mecânicas de uma caminhonete, um bugre e um Ford dos anos 70. Tendo assim criado o que seria o sonho de consumo de Dr. Frankenstein.
Outras peculiaridades do veículo:
  • as alças do caixão foram conservadas;
  • o DIGG, lido na placa e traduzido como cavar, indica a profissão do condutor do veículo;
  • com um motor de 1300 cilindradas, ele consegue puxar até 160 km/h.

FÉ EM DEUS E PÉ NA COVA, PHIL.

14 janeiro, 2011

Incapaz de um sacrifício

Quando Abraão retornou da terra da Visão, Sara o esperava. Mas a recepção que deu ao esposo não foi nada amistosa.
- Trouxe de volta esse imprestável do Isaac, não foi?
- É que Deus mudou de ideia.
- Você falou com Ele?
- Não, mandou um anjo me dizer isso.
- E por que Deus arrependeu-se?
- Não me foi explicado. Penso que tem a ver com os palestinos... mas não é para logo.
- E aí?
- Sabe a Jezebééé?
- Anda desaparecida.
- Andava. Encontrei-a por lá presa num espinheiro.
- E não trouxe a ovelha?
- Não, imolei-a no lugar do Isaac.
- Homem de Deus, por que fez isso?!
- Não era para agradecer?
- Aquela ovelha, Abraaão, eu vinha criando para uma ocasião especial. Uns anjos que vêm almoçar aqui...
- Não diga?!
- Ô, homem, você é incapaz de um sacrifício!

Silva, PGC - Versículos Satíricos, Editora Mar Morto

13 janeiro, 2011

A sangue frio

Em 1961, uma equipe soviética de doze homens construía uma base na Antártida. Como teriam de passar meses nessa inóspita região do planeta, sob condições limites para a saúde, um dos membros da equipe era o Dr. Leonid Rogozov, um médico cirurgião.
O que aconteceria se este profissional, o único do grupo que podia realizar uma cirurgia, fosse acometido de uma apendicite?
Pois isso foi o que exatamente aconteceu. E, para sair dessa enrascada, o médico teve que fazer em si próprio a apendicectomia.

Acima, uma fotografia do Dr. Leonid Rogozov durante sua auto-apendicectomia. Para desfazer os futuros comentários de que "isso não teria acontecido", um dos membros da equipe soviética cuidou de fotografar a cirurgia.

11 janeiro, 2011

Acidentes com RMN

A tecnologia da ressonância magnética nuclear (RMN) está sendo cada vez mais aplicada na medicina pela riqueza de detalhes das imagens (em muitas situações, fornece mais informações do que a tomografia computadorizada), pela sua segurança (por não emitir radiação ionizante e, por conseguinte, não causar efeito prejudicial conhecido à saúde) e pela sua capacidade de realizar ensaios dinâmicos quanto ao funcionamento do corpo humano (como a RMN no cérebro).
Como qualquer tecnologia também apresenta seus inconvenientes. Um deles é que os aparelhos de RMN são basicamente ímãs gigantescos e superpotentes (capazes de criar campos magnéticos de 15.000 a 100.000 vezes maiores do que o da Terra). Por isso, é absolutamente proibido haver qualquer objeto metálico ferromagnético na sala de RMN, durante o funcionamento do aparelho.
Deixando-se um desses objetos na sala, podemos imaginar o que possa acontecer. Mas o vídeo, a seguir, dá uma ideia melhor sobre a catástrofe.



Especialmente dramático foi o caso (mencionado no vídeo) de uma criança nova-iorquina de 6 anos de idade. Morreu em uma sala de ressonância magnética como resultado do impacto brutal de um cilindro de oxigênio em sua cabeça. O objeto de natureza metálica havia sido introduzido no ambiente por uma anestesista que negligenciou o fato de ser ali uma sala de RMN. Cadeiras de rodas, enceradeiras e macas são outros objetos metálicos que já foram atraídos pelos poderosos ímãs dos aparelhos de RMN, causando danos variáveis a pacientes que estavam se submetendo a exames. Felizmente, há metais que não são atraídos por ímãs - como o titânio. Sendo não ferromagnético, o titânio tem sido muito utilizado na fabricação de dispositivos (marcapassos, stents, próteses etc) que são implantados em pacientes, os quais não estão sujeitos a esse risco na realização de exames de ressonância magnética.

A família Pinto

É um caso peculiar. Trata-se da única família cujos membros integrantes estão legalmente autorizados no Brasil a que mudem seus prenomes de acordo com a idade.


1 a 2 anos ................... Inácio Pinto
3 a 4 anos ................... Inocêncio Pinto
5 a 6 anos ................... Créscio Pinto
7 a 10 anos ................. Jacinto Pinto
11 a 15 anos ............... Armando Pinto
16 a 20 anos ............... Gastão do Pinto
21 a 25 anos ............... Valente Pinto
26 a 30 anos ............... Amâncio Pinto
31 a 40 anos ............... Modesto Pinto
41 a 50 anos ............... Décio Pinto
51 a 60 anos ............... Caio Pinto
Acima de 61 anos ....... Serafim do Pinto

Colaboração da cunhada Rosy Mary Macêdo PINTO

Vídeo
Gianecchini faz propaganda do PINTOS SHOPPING
Nelson Cunha, ao me enviar o vídeo, acrescentou este comentário:
"O redator deste comercial é um grande gozador ou merecia ser demitido?
Observe a frase:
Pintos Shopping: Tudo o que você mais gosta no lugar que você sempre quis."

Para ler também em EntreMentes: Pau no nome.

10 janeiro, 2011

Discursos de posse - 2

Por Fernando Gurgel Filho (de Brasília)
Certas solenidades nunca perdem aquele ar solene. Pra ficar somente nessa nossa tenebrosa civilização ocidental cito algumas de nossas mais caras solenidades: batismo, enterro, formatura, baile de debutantes (a torturante “Primeira Valsa”), casamento (o delicioso “Último Tango”).
Atualmente, o que existe de mais solene em termos de “pompa e circunstância”?
Ora, não precisa nem pensar muito: é POSSE. Ganha de qualquer solenidade. Escolhe-se tudo do melhor. Melhores roupas, melhores convidados, melhores discursos, melhores recepcionistas... Todos querem brilhar. De qualquer jeito.
E, como toda solenidade que se preza, convidado é a coisa mais interessante de se observar e identificar: a secretária, o apressado, o enfadado, o cansado, o entusiasmado, o “que diabos estou fazendo aqui?”, o “telefonista”, o parente, o amigo do peito, a esposa, o assessor, o...
Pera aí. Aquele não tem definição. Vamos analisar com calma. Está um pouco deslocado. Talvez esteja apenas procurando um lugar onde ficar. Ah sim, o sacrificado...
O sacrificado está desempregado – vai continuar assim -, mas conseguiu um convite com um amigo. “Pra fazer uma social, sabe?”, seja lá o que isto signifique. Pra ir, consultou todos os oráculos: Tarot, faca na bananeira, búzios, baralho, I Ching, borra de café, a mãe. Comprou um terno numa loja de departamentos em prestações a perder de vista, passagens idem, estadia nem pensar, vai voltar com fome ou vai tentar se safar no coquetel. É o que menos tem afinidades com o que está “rolando” na solenidade. Não escuta nem os discursos, sofre-os.
E discurso de posse tem que ser longo. Mesmo que não diga muita coisa. Quem assiste pela primeira vez “E o vento levou...” sabe o significado de esperar pelo final e ele não chegar nunca. Quando você pensa que o filme está acabando ainda tem o triplo de enredo pra “acontecer”.
E discurso de posse, além de longo, tem que ser chato. Pré-vestibular pra monge tibetano. Ou alguma espécie de teste para saber quem está com quem. Exemplo: se o orador for o empossado e o cara ao lado, com o traseiro doendo, disser: “Nossa, como fala!”. Pode escrever: é do lado dos que estão saindo. Os convidados dos empossados são condescendentes. É. Porque é difícil você ouvir um discurso e não ver alguém bocejando ou se revirando na cadeira, tossindo, pigarreando, falando alguma "abobrinha".
Alguns discursos são fatais. Mais fatais do que outros. Parece que o orador entoa um mantra cavalar pra boiada dormir. Como o famoso “hipnotizador de lagartixas”. O próprio nome já diz tudo. O cara começa a discursar e... Pimba! Até as lagartixas relaxam e começam a cair do teto.
Existem filmes que, de tão ruins, viram cult. Discurso, não. E não existe exceção à regra. Só existe o lado de quem você está. Aí, você arremeda um: “até gostei”. Ou fica calado.
Desculpem. Minto. Existem discursos bons, sim. Porém, não são discursos. Foi o orador que os classificou como tal. São simples peças de decoração ou entretenimento. Apenas isto, não servem pra mais nada. Algumas dessas peças são lindíssimas. Um belo exemplo nos dá o Luiz Fernando Veríssimo em uma de suas crônicas: “Não canso de contar que uma vez vi o Millôr Fernandes esperar que diminuíssem os aplausos entusiasmados, que se seguiram à sua leitura de uma magnífica defesa da democracia e dos direitos humanos, para informar que acabara de ler o discurso de posse, na Presidência, do general Médici.”
Discurso sério de posse é longo e chato. Outro dia li uma crônica, acho que do Élio Gaspari, onde ele dizia conhecer alguém cujos discursos eram tão longos e tão chatos, mas tão chatos, que o próprio orador, um dia, não aguentou e cochilou. É sério!
Bom, já são quase dois metros de texto. Pior do que discurso. Quando acordar, continuo...

Ver também...
Discursos de posse -1, O discurso otimista do Barão, As regras do discurso e 2 em 1.

O silêncio mineral de Sam

Silent Sam é a estátua de um soldado confederado que foi erigida em 1913 no campus da University of North Carolina, Chapel Hill, USA. Segundo uma lenda urbana, a estátua é capaz de disparar sua arma ante a aproximação de uma virgem. Como supostamente no campus ninguém é virgem, Sam nunca disparou sua arma. E reforça a ideia desse eterno silêncio o fato de sua cartucheira não ter munição.


Rodapost
"Comer bem, dormir bem, ir aonde quiser, permanecer onde for interessante, não se queixar nunca e sobretudo fugir - como da peste - dos mais importantes monumentos da cidade." Jules Renard

09 janeiro, 2011

Penso, logo cito - 24

George Orwell, pseudônimo do escritor inglês Eric Arthur Blair, autor dos romances "1984" e "A Revolução dos Bichos":

"A maneira mais rápida 
de se terminar uma guerra 
é perdê-la."

Ele faz microssérie

Chico Buarque e Bruno Barreto, estão enfim quites. Nos anos 70, Chico Buarque fez a música ‘O que será’ para o filme ‘Dona Flor e seus dois maridos’, de Bruno Barreto; agora é a vez de o cineasta fazer um “filme” para a música do compositor. Aliás, dois. Pois Bruno Barreto dirigiu dois dos quatro episódios da microssérie "Amor em 4 Atos", que a TV Globo vai exibir nesta semana (de 11 a 14 de janeiro).
Bruno Barreto dirigiu os episódios inspirados nas canções "Folhetim" e "As vitrines"; Roberto Talma e Tande Bressane, com a canção "Mil perdões", e Tadeu Jungle, com as canções "Ela faz cinema" e "Construção", fizeram os outros dois episódios da microssérie. Em todos eles, as músicas de Chico estão presentes como história, tema, cenário, clima ou trilha sonora. Numa prova de que são inesgotáveis as possibilidades inspiradoras e narrativas de suas composições.
No ano passado, Chico Buarque teve dez de suas canções transformadas em contos, por dez autores diferentes (Luís Fernando Veríssimo, um deles). Resultaram na antologia ESSA HISTÓRIA ESTÁ DIFERENTE, publicada pela Companhia das Letras. Além disso, o seu último romance LEITE DERRAMADO foi sucesso de público e de crítica, conferindo ao autor o Prêmio Jabuti (pela terceira vez) e o Prêmio Portugal Telecom de Literatura.
E, na área cinematográfica, o cineasta Karim Aïnouz produz atualmente "Eclipse da Violeta", um longa-metragem baseado em sua canção "Olhos nos olhos" (mostrada no vídeo abaixo). PGCS


CB - página oficial

08 janeiro, 2011

Winehouse no Brasil


Em sua atual temporada no Brasil, aonde veio para dar shows de rock e de arremesso de copos nas piscinas, a filha do Dr. House aproveitou para aumentar o conhecimento que tem de nossas expressões idiomáticas.

Dar na telha = dar na veneta.
Subir ao telhado = piorar da saúde.
Ter o telhado de vidro = ter má reputação.
Ter uma telha de menos = ter um parafuso de menos.

O dom de línguas

Um fiel pergunta por que não tem o dom de línguas

Padre Rojão, sua bensão.
O povo da igreja da renovassão carismática da paróquia me convidaram pro grupo de orassão. Lá eles resaram em língoas. Muitas lingoas qui eu não cumprendi nada. Eu tentei, tentei e num concegui. Os carismáticos diceram que eu não tinha sido unjido pelo Esprito Samto, porisso eu num concegui. O senhor axa que eu não tenho o dom de língoas? Sei que na igreja eziste o dom de língoas pois minha avó dice que quando era minina a miça era toda em latin.


Frei Rojão responde

Filho, definitivamente posso afirmar que você não tem o dom de língua portuguesa. Ao invés de querer falar em línguas estranhas, por que você não tenta estudar a sua própria? Ignorância é feio, meu filho. Sei que o mau exemplo vem de cima. Apenas o Frei Rojão aqui pode te dizer esta verdade. Sei que não sou o que escrevo melhor, mas me esforço. Vai aprender português primeiro, filho, porque você já fala numa língua estranha mesmo sem a ajuda do Espírito Santo.

07 janeiro, 2011

Argentina x China

Nelson Cunha, oftalmologista e consultor do blog para línguas novilatinas, enviou-me a seguinte troca de mensagens, entre a Argentina e a China, como uma prova de que existe mesmo o proverbial orgulho portenho.

ARGENTINA DECLARA GUERRA À CHINA

Após uma consulta popular “hecha em la Plaza de Mayo”, a Argentina enviou uma mensagem à República Popular da China:
"Chinos de mierda, maricones, les declaramos guerra. Tenemos 105 tanques, 47 aviones , 4 embarcaciones y 5.220 soldados".

O Estado chinês respondeu-lhes:
"Aceitamos a declaração. Temos 105.000 tanques, 47.000 aviões, 4.000 navios e 522 milhões de soldados."

Ao que responderam os argentinos:
"Retiramos la declaración de guerra.No tenemos como alojar tantos prisioneros".

Deriva continental

A ideia da deriva continental foi proposta pela primeira vez por Alfred Wegener em 1912. No livro "A origem dos Continentes e dos Oceanos", ele propôs essa teoria com base nas formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico, que pareciam se encaixar.
Essa complementaridade entre as costas dos continentes e a similaridade entre os fósseis encontrados neles têm levado alguns geólogos a acreditarem que todos os continentes já estiveram unidos, na forma de um supercontinente que recebeu o nome de Pangeia.
A animação abaixo sintetiza como a deriva continental ocorreu desde Pangeia até hoje.

Wikipédia
Crônica (ano: 1984)
Continental Chicken
Ficaria gozado se os continentes,
num movimento de volta às origens,
assim se reagrupassem no futuro.
Relatório da NASA, recém-divulgado, dá suporte à teoria da deriva dos continentes, segundo a qual essas extensões de terra (que flutuam sobre o magma em estado de fusão) estariam lentamente se deslocando. Descobriram os cientistas que o continente americano vem se afastando da Europa e da África e que, como consequência disso, o Oceano Atlântico se alarga 1,8 centímetros, anualmente.
Quem primeiro formulou a teoria, recebida com risível visível descrença pela comunidade científica, foi o sábio alemão Alfred Wegener. E, por muitos anos, a teoria wegeneriana das placas tectônicas (ou das placas teutônicas, em consideração à nacionalidade do sábio) não passou disto: teoria; mas, em face das recentes medições efetuadas pela NASA, pode-se afirmar, já: a ideia de Wegener emplacou.
Nessa altura, Monroe - o que restou dele - deve estar dando inhos pulos em seu mausoléu. Sua doutrina política - a América para os americanos - recebe, enfim, o aval da geodinâmica. Mas... aumenta o fosso entre o Velho e o Novo Continentes, alguém contradirá. Fossilismo. Como se o Oceano Atlântico, incontinênti, não cobrisse o fosso com águas tomadas de empréstimo ao mar do Japão.
Comprovada a teoria, interessa, agora, cogitar que mudanças acontecerão no século-a-século do continente vespuciano.

Leia a crônica toda no Preblog. PGCS

06 janeiro, 2011

Os Dragões da Independência

O Dragões da Independência são uma unidade militar do Regimento de Cavalaria do Exército. A sua função é assegurar a guarda do presidente da República, papel hoje em dia basicamente simbólico, pois a segurança é garantida pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
A origem dos Dragões foi a Guarda de Honra criada em 1808 pelo rei de Portugal, Dom João VI, tão logo chegou ao Brasil. Em 7 de setembro de 1822, o então Príncipe Dom Pedro I foi saudado por eles, na famosa cena retratada pelo pintor Pedro Américo sobre o "Grito do Ipiranga", que marcou a Proclamação da Independência do Brasil
Após a Independência, em 1822, a unidade foi transformada na Guarda de Honra Imperial de Dom Pedro I. O nome "Dragões da Independência" foi adotado em 1946, época de redemocratização vivida pela República após a Segunda Guerra Mundial. Desde 1966, o regimento está aquartelado em Brasília.
Fiéis à tradição e às pompas imperiais, os Dragões usam até hoje um fardamento típico do século XIX, em branco e vermelho - as cores da antiga cavalaria portuguesa. O regimento costuma apresentar-se e fazer demonstrações de destreza em festas cívicas e também em competições hípicas.
No primeiro dia do ano, os Dragões foram uma atração à parte na cerimônia de posse de Dilma Roussef na Presidência da República.


Sete bilhões

Em 2011, a populaçao mundial deve atingir a marca dos 7 bilhões. Apesar de somar um número tão alto (você levaria 200 anos para contar 7 bilhões), essa gente toda, lado a lado, ocuparia apenas o espaço equivalente ao da cidade de Los Angeles.
Veja essas e outras curiosidades neste interessante infovídeo produzido pela National Geographic.