25 março, 2011

Roman à clef

É um recurso narrativo utilizado em diversas formas artísticas, não apenas em romances. Esta expressão francesa, cuja tradução aproximada é "romance com chave", emprega-se para designar uma obra em que o autor trata de pessoas reais por meio de personagens fictícios.
 Em alguns casos, o autor recorre a anagramas ou pseudônimos para referir-se a sujeitos reais; noutros, vale-se de uma tabela que permite converter números ou iniciais nos nomes correspondentes (verdadeiros).
As razões que levam um autor a utilizar o roman à clef são:
  • o caráter controverso do tema narrado;
  • a necessidade de compartilhar, com algum nível de discrição, informações privilegiadas sobre bastidores, vida íntima ou escândalos de outrem, escapando de acusações de violação de privacidade ou difamação;
  • o desejo de dar a certa história o desfecho que gostaria que ela tivesse tido;
  • a oportunidade de retratar eventos ou experiências autobiográficas sem se expor.
Em pelo menos dois de seus livros, o romance "Maquis: de Redenção à França Ocupada" e a peça de teatro "Revelações de um Maquisard - Révélations d'un Maquisard" (edição bilingue), Marcelo Gurgel utiliza-se do roman à clef para dar aos respectivos enredos, possivelmente, os desfechos que ele gostaria de que tivessem acontecido. PGCS

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