30 novembro, 2012

A despedida do trema

Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüenta anos.
Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!... O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair dela. O dois pontos disse que eu sou um preguiçoso que trabalha deitado, enquanto ele fica em pé. Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K e o W, "kkk" pra cá, "www" pra lá.
Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...
Nós nos veremos nos livros antigos. Saio da língua para entrar na história.
Adeus,
a) Trema

Este interessante texto - de autor desconhecido - publicado em muitos sítios, foi aqui guardado por quase dois anos. Esperando o término do período de transição, estabelecido pela Reforma Ortográfica de 2009 para a Língua Portuguesa, durante o qual ainda se podia usar o trema. A partir de hoje não é mais. Adeus, Trema. PG
PS - Desconfio que Johann Schleyer esteja a se remexer em seu caixão.

Bônus
Nova ortografia em uma página, do Prof. Sérgio Nogueira
(grato ao colega Nilo Mendonça que me chamou a atenção para este resumo)

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07/09/2020 - O que aconteceu com "quinquênio" e "quinquagésimo" foi simplesmente desesperador. Cada uma destas palavras perdeu dois tremas.

Poop machine

Durante uma inspeção em uma torre de uma igreja em Gävle, a 170 km de Estocolmo, Suécia, as autoridades encontraram duas toneladas de fezes de pombos acumuladas no local.
Os pombos entravam na torre através de uma janela que foi esquecida aberta.
As autoridades gastaram 80 mil coroas (R$ 25 mil) para limpar a torre de uma camada de 30 cm de dejetos.
E a empresa de limpeza levou 200 horas para retirar esses excrementos.


Não é sem motivo que os columbídeos são também chamados de ...


Postagens relacionadas
Merde!Não deixem o pombo dirigir o ônibus!

03/12/2012 - Atualizando...
TANTOS ALVOS...
TÃO POUCO TEMPO...

Inventos malucos em medicina - 5


A rede neonatal
Nohl Braun patenteou, em 1990, este invento (gravura) que evita acidentes a quem está entrando no mundo.
A invenção aqui apresentada compreende, essencialmente, uma rede com elementos de ligação que armam a rede entre a mesa de parto e o obstetra. O que proporciona total proteção ao recém-nascido, caso este escorregue acidentalmente das mãos do obstetra.
É particularmente útil se a mãe está girando em uma centrífuga.

Better Safe, Futility Closet

O médico e vernaculista Castro Lopes

Médico por profissão e vernaculista de nomeada, Castro Lopes quis purificar a língua falada no Brasil de anglicismos e galicismos. Foi ele que, no fim do século 19, produziu neologismos como "ludopédio" para substituir o "futebol".
As palavras a que Castro Lopes tentou dar vida e aquelas que ele pretendia suprimir estão arroladas em "Neologismos Indispensáveis e Barbarismos Dispensáveis", livro que, segundo Paulo Nogueira, serviu de tema para conversas, e piadas, trocadas entre o ex-imperador Pedro II e o Visconde de Taunay.
Observe-se sua investida contra a palavra "peignoir". Não cria, no caso, um neologismo. Vai buscar o vocábulo português que julga correspondente: "roupão". Dirigindo-se ao “belo sexo”, Castro Lopes pergunta: “Por que empregareis o termo francês 'peignoir' quando esse traje não serve para o fim que o nome indica?” Logo depois, lança, às damas nacionais, um apelo que revela seu talento humorístico: “Despi, portanto, eu vos suplico, o 'peignoir' francês, e vesti o vosso roupão”.
Ele tinha um surpreendente bom humor. Para Paulo Nogueira, Castro Lopes daria um excelente cômico se quisesse.
Pérolas do vernaculista
Referência:
A saga de Castro Lopes, por Paulo Nogueira
Diário do Centro do Mundo
Abajur - Lucivelo
Avalanche - Runimol
Bijuteria - Joalheira
Boulevard - Calçada
Cachecol - Focale
Chalé - Castelete
Champignons - Cogumelos
Claque - Venaplauso
Debut - Estréia
Engrenagem - Entrosagem
Feérico - Fatídico
Massagem - Premagem
Mise-en-scène - Encenação
Nuance - Ancenúbio
Pince-nez - Nasóculos
Piquenique - Convescote
Reclame - Preconício
Repórter - Alvissareiro
Turista - Ludâmbulo
Mas Castro Lopes não se saiu tão mal assim. Da relação acima, por exemplo, ele emplacou quatro.  Cinco, se incluirmos "roupão", que era uma palavra já existente em sua época. Mas fico a pensar no prejuízo que a supressão de "peignoir" traria para a MPB. Veja esta canção:
"Você fica deitada / de olhos arregalados / ou andando no escuro / de peignoir. / Não adiantou nada / cortar os cabelos / e jogar no mar."
Bodas de Prata, de João Bosco e Aldir Blanc

O plural do plural e A origem de algumas expressões populares

29 novembro, 2012

Possessão

Chamem um padre exorcista. O gato está possuído outra vez.


Importante
Esta cena será aproveitada em "O Exorcista 7". Os produtores do filme, o dono do gato e o demônio assírio Pazuzu já assinaram os devidos contratos.

Animusic

Muitas pessoas vão achar que este vídeo esteja mostrando um instrumento real. Uma espécie de cítara de alta complexidade (que só conseguiria ser tocada por uma colônia de caranguejos). Mas é um instrumento virtual, criado e animado por computador pelos desenhistas da Animusic.


InDICAção do vídeo: Nelson Cunha

O Meteorito Sylacauga

-
"As pedras não podem cair do céu porque não há pedras no céu."

Esta frase, atribuída ao naturalista francês Georges Cuvier (1769-1832), resume a posição da Academia de Ciências da França que, nos princípios do Século XIX, catalogava os meteoritos como mera fantasia e negava a existência. Até então, as evidências científicas não tinham mostrado a queda de meteoritos em nosso planeta, isto é, a queda de corpos menores do Sistema Solar que não chegam a desintegrar-se por completo durante a entrada em nossa atmosfera e acabam caindo sobre a superfície do planeta como rochas incandescentes.
Há exatos 58 anos, no dia 30 de novembro de 1954, caiu um meteorito na Terra, o qual ficou documentado como o primeiro meteorito que, ao cair, atingiu um ser humano. É a história do Meteorito Sylacauga.
Ainda que outros meteoritos possam ter anteriormente caído em zonas povoadas, o Meteorito Sylacauga (também conhecido como Meteorito Hodges, na verdade o nome de um dos fragmentos dele) é o primeiro caso documentado com a consequência acima descrita.

Traduzido de Meteorito Sylacauga, el primer objeto extraterrestre que golpeó a un ser humano, ALT1040, onde o artigo completo pode ser lido.

28 novembro, 2012

O ódio (singular absoluto) a Lula

por Weden (*)
Lula é um político brasileiro com defeitos e virtudes. Se você não conseguir ver uma coisa ou outra é porque, certamente, a cegueira da paixão ou do ódio está tomando o seu corpo como um câncer.
O que se percebe no caso de Lula é que o ódio intenso tenta, sobremaneira, vencer o amor intenso. É uma luta. A luta entre o amor e o ódio a esse personagem da história brasileira.
Outros já experimentaram do mesmo fel. Mas não sei se há concorrentes para Lula. Talvez nem Getúlio.
Quantitativamente, Lula está em vantagem. Mas os odiadores acreditam que seu ódio seria de melhor qualidade, uma espécie de crème de la crème do ódio - um ódio insuperável por qualquer amor de multidões.
É um ódio cultivado com gotas de ira diárias nas páginas dos jornais. E de revistas. Cultivado com olhos de sangue, faca entre os dentes, espinhos nas pontas dos dedos.
Só nos últimos meses, Lula já "esteve" por trás do relatório do CPI da Cachoeira, teve caso com a mulher presa na última operação da PF, já tentou adiar o julgamento, já produziu provas para se vingar de Perillo (porque ele teria sido o primeiro a avisá-lo do mensalão), já tentou subornar Deus para que terminasse a obra no domingo.
A paixão amorosa conhecemos bem. Vem daqueles que se identificaram com ele e com ele conseguiram ser lembrados pela primeira vez na história da política brasileira: seja pelos programas sociais, seja pela ascensão econômica, ou até simplesmente pelas características pessoais, culturais e linguísticas. Vem também do louvor à camisa, ao vermelho da camisa do PT.
Mas encontrar representantes do ódio não é tão difícil também. E, como qualquer sentimento que desafie a racionalidade, eles encontrarão justificativas em qualquer coisa.
Mesmo que o ódio se disfarce de termos falsamente conceituais (lulo-petismo, lulo-comunismo, lulo-qualquercoisismo), o ódio a Lula não é um ódio-conceito. Não é abstrato. É material. Corpóreo. Figadal. Biliar. Visceral.
Também não é ódio consequência. Não é um "ódio, porque..." É um "ódio ódio", um ódio em si mesmo, um ódio singular absoluto, que se disfarça de motivos: linguísticos, culturais, morais, econômicos etc., mas sempre ódio.
Lula já foi acusado de trair a mulher, de violentar o companheiro de cela, de roubar o Brasil, de "pentecostalizar" a África, de fortalecer "ditaduras" latino-americanas, africanas, asiáticas, de se curar do câncer em hospital particular (sim, uma acusação), de assassinar passageiros de avião, de dar o título à Vila Isabel, de provocar a fuga do vilão no final da novela das oito; já foi acusado de dançar festa junina, de beber vinho caro, de torcer para o Corinthians, de comer buchada de bode, de ter amputado o próprio dedo para receber pensão, de ter a voz rouca, de ser gente, de estar vivo, de ter nascido...
Só um conselho para os odiadores: o inverso do amor não é o ódio, mas a indiferença. No caso em questão, o ódio só acentua e inflama a paixão daqueles que, em maioria dos votos, acabarão levando vantagem.
Sejam indiferentes a Lula, e a história se encarregará de fazer o resto.
(*) Texto originalmente postado no Luis Nassif Online, onde já recebeu 243 comentários.

"Tenho para mim o seguinte. Se os lulofóbicos dedicassem parte da energia que consomem em odiá-lo na procura honesta de formas de convencer os eleitores de que são mais capazes que Lula para combater a desigualdade social, eles já estariam no Planalto a esta altura, e do jeito certo, numa democracia: pelas urnas." Paulo Nogueira

Não é um dia bom

... quando o seu jantar faz sexo em sua cabeça.
Bits and Pieces

Pai fotógrafo

Se você está cansado de ver retratos de família convencionais, então dê uma olhada nestas fotografias. Foram criativamente captadas pelas lentes do fotógrafo Jason Lee.

27 novembro, 2012

Prece de gratidão

:-)
SBMC. Legendado em português por PGCS

Ele podia ter sido mais específico: frango, chester ou peru.

Penso, logo cito - 30

José Julián Martí Pérez, o mártir da independência cubana:


"A felicidade existe na terra, e é conquistada através de exercícios prudentes da razão, do conhecimento da harmonia do universo e da prática constante da generosidade."

Outras imagens de José Martí, ao som de "Guantanamera". Aqui.
José Martí é o autor da letra desta canção. A música, datada de 1963, foi composta por Josito Fernandez.
Guantanamera é o gentílico (feminino) para as pessoas nascidas em Guantánamo, província do sudeste de Cuba.

Assim é a vida

imgur.com
Such is life, C'est la vie, Asi es la vida, Cosi è la vita, So ist das Leben...

26 novembro, 2012

Sem bichos no presépio?

Não havia animais junto à manjedoura em que Jesus nasceu. A presença deles na cena de nascimento de Jesus, como sugerem os presépios tradicionais, baseia-se apenas em mitos.
Quem declara isto é Joseph Ratzinger, no terceiro e último volume de "Jesus de Nazaré - As Narrativas da Infância", sua obra biográfica sobre Jesus.
No novo livro da série, ele explica que, ao contrário da crença popular e do que milhões de pessoas em todo o mundo costumam fazer, decorando suas casas para a Natividade com imagens de animais, o nascimento de Jesus não foi cercado por bois, cavalos, ovelhas e outros animais.
"Não há menção de animais nos Evangelhos", confirma o Papa Bento XVI.
Como ninguém vai mesmo desistir de pôr as imagens desses animais nos presépios, o próprio Vaticano vai continuar a incluí-las em suas cenas da Natividade.

www.christianpost.com

Vida boa, não quer pressa

:-)

"O trabalho árduo recompensa depois. A preguiça paga de imediato." Jonco Stl

A recompensa para um escritor

L. Frank Baum tinha 41 anos quando publicou seu primeiro livro. Ao dar uma cópia à sua irmã, ele incluiu uma inscrição pessoal:
"Quando eu era jovem, desejava escrever um grande romance que me desse fama. Agora, que estou ficando velho, meu primeiro livro foi escrito para divertir as crianças. Além de minha evidente incapacidade de fazer qualquer coisa 'grande', eu aprendi a encarar a fama como algo que, quando apanhado, não vale a pena a posse, e que agradar uma criança é uma coisa doce e amável que aquece o coração e traz em si a própria recompensa."
Ele escreveu "The Wonderful Wizard of Oz" ("O Mágico de Oz").


"O Mágico de Oz" no cinema
"The Wizard of Oz" é um filme estadunidense de 1939, produzido pela Metro-Goldwyn-Mayer. Baseado no livro infantil homônimo de L. Frank Baum, no qual a garota Dorothy (a menina Judy Garland) é capturada por um tornado no Kansas e levada a uma terra fantástica de bruxas, leões covardes, espantalhos falantes e homens de lata. "The Wizard of Oz" não foi o primeiro filme em Technicolor, mas fez um uso notável da técnica. As sequências no Kansas possuem um preto-e-branco com tons em marrom, enquanto as cenas em Oz recebem as cores do Technicolor.
No Brasil, Renato Aragão Produções realizou em 1984 uma paródia no cinema com o título de "Os Trapalhões e o Mágico de Oróz".

25 novembro, 2012

Para os fãs de Raul

Fernando Gurgel, de Brasília
Sinopse do filme
Enquanto o mundo fervilhava com as trepidações das motos de Easy Rider, o ritmo frenético de Elvis Presley, os poetas Beatniks e a explosão da contracultura, um menino da Bahia deu à luz o rock no Brasil.
Um disco voador desgovernado que abduziu o coração e a mente de milhares de fãs. Raul Seixas, um homem que virou mito.
O filme desvenda através de imagens raras de arquivo, encontros com familiares, conversas com artistas, produtores e amigos, enfim, a trajetória da lenda do rock.
Raul Seixas morreu jovem porque viveu intensamente. Rock'n roll, amor livre, Sociedade Alternativa, drogas, magia negra, ditadura militar, mulher e filhas. Um homem que queria viver da sua obra e morreu por ela.
RAUL
(duração: 2:08)

Toques seletivos

O Prêmio Ig Nobel da Paz de 2006 foi para o pesquisador Howard Stapleton.
Ele desenvolveu um dispositivo que emite um ruído de alta frequência audível (dolorosamente) apenas aos adolescentes, mas não aos adultos.
Originalmente criado para ser um repelente eletromecânico de adolescentes, a tecnologia do invento de Stapleton passou depois a ser utilizada para produzir toques de telefone celular que os adolescentes podem ouvir, mas não os seus professores.

Mosquito Ringtones

A palavra como imagem

Ji Lee tem a capacidade de transformar coisas simples em criações geniais. Um exemplo disso foi o seu trabalho Word as Image, A Palavra como Imagem, no qual recriou graficamente cerca de 100 palavras.
O objetivo do trabalho era transformar palavras em imagem, sem a adição de nenhum outro elemento externo. Apenas as letras que existiam em cada palavra poderiam ser utilizadas.
E o resultado final está neste vídeo de Bran Dougherty Johnson, realizado para promover o livro, que faz com que o trabalho de Ji Lee tome uma forma ainda mais interessante.



Ji Lee nasceu em Seul e foi criado em São Paulo. Atualmente, vive em NY e colabora com o New York Times e outras publicações dos EUA. Foi diretor de criação do Google e agora está atuando no Facebook.

Fonte: obvious

24 novembro, 2012

Sabe aquele seu amigo veado?

Pode aparecer a qualquer momento para tomar umas com você.


A propósito:
AVIÃO EXPLODE APÓS COLIDIR COM VEADO
(Manchete de uma notícia enviada por Martinho Rodrigues para alertar sobre os riscos de um acidente na aviação, quando um veado confuso resolve atravessar a pista de um aeroporto.)

Guiada por Deus

Policiais em Fort Pierce, Florida, detiveram a motorista Melissa Miller (foto), 41, por dirigir a 100 milhas por hora com um dos braços para fora da janela do carro. A velocidade máxima ali permitida é de 30 milhas por hora.
A mulher justificou-se: "Eu estava deixando o espírito do Senhor me guiar".

"In God I trust."

- Teve sorte, senhora. Jesus podia tê-la guiado a um lago, por exemplo.

O Detran adverte

Comentários
Ela tem cara de quem estava sendo guiada por "Spirits" (distilled beverages) que produzem o mesmo efeito do transe místico.
Nelson Cunha
Spirits" e direção não combinam; "Sprite" e diabetes, também não.
PGCS

Diagramas convincentes

Dois amigos estavam fumando maconha e foram pegos pela polícia.
No dia do julgamento o juiz, que estava de bom-humor, disse:
- Vocês parecem ser boas pessoas, por isso lhes darei uma segunda chance!
- Ao invés de irem pra cadeia, vocês terão que mostrar para as pessoas os terríveis males das drogas e convencê-las a largá-las!
- Compareçam ao tribunal daqui uma semana, pois eu quero saber quantas pessoas vocês convenceram!
Na semana seguinte os dois voltaram e o juiz perguntou para o primeiro homem:
- Como foi sua semana, rapaz?
- Bem, meritíssimo, eu convenci 17 pessoas a pararem de consumir drogas para sempre!
- 17 pessoas? - disse o juiz, satisfeito - Que maravilha. O que você disse para elas?
- Eu usei um diagrama, meritíssimo. Desenhei 2 círculos como estes:
o o
Aí apontei pro círculo maior e disse:
- Este é o seu cérebro em tamanho normal... - e apontando pro menor - E este é o seu cérebro depois das drogas!
- Muito bem! - aplaudiu o juiz, virando-se para o outro sujeito:
- E você? Como foi sua semana?
- Eu convenci 234 pessoas, meritíssimo!
- 234 pessoas? - exclamou o juiz, pulando da cadeira - Incrível! Como você conseguiu isso?
- Utilizei um método parecido com o do meu colega. Desenhei 2 círculos como estes:
o o
- Mas eu apontei para o círculo menor e disse:
- Este é seu c* antes da prisão - apontando para o menor - E...

23 novembro, 2012

Por um tempo novo e justo

O "mensalão" tucano
por Mino Carta
A mídia nativa entende que o processo do “mensalão” petista provou finalmente que a Justiça brasileira tarda, mas não falha. Tarda, sim, e a tal ponto que conseguiu antecipar o julgamento de José Dirceu e companhia a um escândalo bem anterior e de complexidade e gravidade bastante maiores. Falemos então daquilo que poderíamos definir genericamente como “mensalão” tucano. Trata-se de um compromisso de CartaCapital insistir para que, se for verdadeira a inauguração de um tempo novo e justo, também o pássaro incapaz de voar compareça ao banco dos réus.
A tigrada atuou impune por uma temporada apinhada de oportunidades excelentes. Quem quiser puxar pela memória em uma sociedade deliberadamente desmemoriada, pode desatar o entrecho a partir do propósito exposto por Serjão Motta de assegurar o poder ao tucanato por 20 anos. Pelo menos. Cabem com folga no enredo desde a compra dos votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, até a fase das grandes privatizações na segunda metade da década de 90, bem como a fraude do Banestado, desenrolada entre 1996 e 2002.
Um best seller intitulado "A Privataria Tucana" expõe em detalhes, e com provas irrefutáveis, o processo criminoso da desestatização da telefonia e da energia elétrica. Letra morta o livro, publicado em 2011, e sem resultado a denúncia, feita muito antes, por CartaCapital, edição de 25 de novembro de 1998. [...]

Prossiga lendo em CartaCapital (editorial de 09/11/2012)

Um país singular
por Mino Carta
A mídia nativa celebra com euforia futebolística a condenação de José Dirceu e companhia. Não cabe surpresa, tampouco discutir a importância do evento e a dimensão das penas. Limito-me a perguntar aos meus caridosos botões como conseguirá José Genoino pagar a multa de 468 mil reais. Muito dinheiro para um remediado à beira da pobreza, e esta é verdade factual. Quem sabe o Supremo pudesse ter poupado da multa o ex-presidente do PT para cobrar em dobro Dirceu, e até mais: o ex-chefe da Casa Civil sabe como e onde arrumar recursos.
Não custa lembrar que, conforme a afirmação de CartaCapital formulada desde o começo do enredo precipitado pela denúncia de Roberto Jefferson, o “mensalão” não foi provado. Neste espaço, mais uma vez, ponderei que outros crimes poderiam vir à tona, tão graves quanto. Nem por isso, aderimos às celebrações encenadas pelos jornalões como se a condenação de Dirceu e companhia representasse a vitória da mídia.
Entre as retumbantes primeiras páginas da terça 13, chama a atenção a da Folha de S.Paulo, com seu editorial desfraldado como uma bandeira. Aí se lê que o desfecho do escândalo resulta “das revelações da imprensa crítica”. Pois é, crítica. Quando convém. Somente agora a Folha se abala a recomendar que outros casos “sem demora” acabem em juízo, “a começar pelo das relações de Marcos Valério com o PSDB de Minas Gerais”. Santas palavras. Mas, por que não foram pronunciadas no momento certo, ou seja, quando os tucanos reinavam?
Não há mazela dos tempos do governo FHC que não tenha sido noticiada por CartaCapital. E o tucano amiúde arrastou suas asas na lama. Compra de votos a bem da reeleição de FHC, caso Banestado, o assalto da privataria. Sem contar o escabroso entrecho que se desenrolou em torno da desvalorização do real logo após a posse do príncipe dos sociólogos, enfim reeleito à sombra da bandeira da estabilidade. E o Brasil quebrou. Em que deram as “revelações” de CartaCapital? Em nada, absolutamente nada, recebidas pelo silêncio uivante da mídia nativa.

Prossiga lendo em CartaCapital (editorial de 16/11/2012)

Leandro Fortes: Trâmite do mensalão tucano desafia a noção de que o Brasil mudou

Um sex shop ambulante

Para defender uns trocados, Correria encara os mais estranhos e variados tipos de trabalho. Neste episódio, ele saiu às ruas de Salvador para vender produtos eróticos aos transeuntes.


Vídeo inDICAdo por Nelson Cunha

Ocorrência

Que loucura!
Ontem, uns cinco dias atrás, tive o meu carro, um Ford Pálio, vermelho prata, placas XYL 1234 (dianteira) e XVT 9876 (traseira), furtado de um estacionamento. Um flanelinha, a quem dei uma boa gorjeta, indicou-me o local em que eu poderia encontrar o veículo. Encontrei-o. O veículo estava sendo inclusive vigiado por outro flanelinha.
Ainda no mesmo dia, ao parar no cruzamento entre as avenidas Alberto Sá e Godofredo Maciel, o furto reavido virou roubo. Porque, pensando que o sinal verde estava prestes a abrir, eu freei o carro, e disso se aproveitaram dois assaltantes. Pude ver que um deles era alto e baixo, enquanto o outro era um branco retinto. O primeiro usava uma arma espacial e o segundo um punhal que não tinha cabo nem lâmina.
Ensinado a não reagir nessas situações assimétricas, além de tratá-los por excelências, entreguei a chave a eles. Disse-lhes que não tinha a intenção de reaver o veículo, pois a polícia faria isso por mim, e recomendei-lhes que não fizessem pegas com os policiais.
Procurei um DP que estivesse de greve para fazer o BO e posso afirmar que, ao circunstanciar esse delito continuado, quase levei o delegado à loucura.
Felizmente, o veículo foi depois encontrado na Gentilândia, nas imediações do estádio Castelão. Ao lado dele, estavam os corpos dos dois meliantes que, por falta de mediação e arbitragem, devem ter entrado em luta corporal pela posse do manual de instrução do carro.
Foi um caso típico de suicídio seguido de homicídio, como concluiu o delegado responsável pelo caso assim que recuperou plenamente o juízo.
PGCS

22 novembro, 2012

(I)mobilidade silvestre

UM PROBLEMA A RESOLVER ANTES DA COPA
spudcomics.com

Medalhas

"Quando você está no serviço militar, por qualquer período de tempo, você tende a acumular uma grande pilha dessas medalhas." Steffan Ziegler


Piece of cake - Qual deles é Idi Amin Barbosa?

Medalha, medalha, medalha!!!

O Dia de Ação de Graças

É celebrado nos EUA na quarta quinta-feira de novembro. Neste dia, as famílias norte-americanas reúnem os seus membros para comemorar as boas colheitas.
Uma boa pedida é assistir ao filme abaixo:


O Dia no Brasil, uma antiga sugestão do blog EM.

Bônus

21 novembro, 2012

Os costumes por trás da história

por Urbano, LN Online
Fora da pauta de hoje mas dentro da pauta de ontem
Nosso Brasil tem uma intelectualidade muito peculiar:
Hoje em dia já ninguém se lembra do dia do aniversario do Imperador Pedro II (nos 47 anos de seu reinado era a festa mais comemorada por seus súditos). Em compensação no dia em que se comemora a Proclamação da Republica, retornam os muitos saudosistas da Monarquia. Algo mudou? Em vez de comemorar o alegre natalício do Sereníssimo Imperador, o que restou foi execrar o Marechal Deodoro que o mandou passear.
Apesar de sermos todos, mais ou menos personagens machadianos, não é irrelevante alguma dose de realismo nestas horas de saudades do bom pai. (Realismo de realidade e não de rei.)
O Imperador era o pináculo de nossa nobreza. E como se formou essa nobreza em país tão sem tradições guerreiras?
Alguns a trouxeram em suas tralhas quando vieram de Portugal mas a maioria se candidatou aqui mesmo. O candidato deveria provar, entre outras coisas, que:
1- Era limpo de sangue (Os espíritos mais sensíveis não se ofendam com os termos. São os mesmos usados nos documentos da época). Isso é: tinha de provar que não descendia de judeu, mouro, negro ou de alguma outra Nação Infecta.
2 - Deveria viver segundo as leis da nobreza. Isto é: não trabalhar com as mãos.(Ser trabalhador manual ou viver do comercio era quase fatal para as pretensões dos candidatos). Andar sempre a cavalo, ter espada, contar com pagens para todos os serviços e andar trajado adequadamente eram requisitos essenciais.
O Marquês de Pombal modernizou as condições e terminou com a distinção entre cristãos velhos e novos e decretou que viver do comércio não era um impedimento tão essencial. Desde que o comerciante fosse um atacadista e não vendesse em loja a retalho (viver com vara e metro, se dizia).
Mesmo assim nosso infeliz poeta Claudio Manuel da Costa esteve em apuros para ser aprovado porque se descobriu um avô ou bisavô que vendia azeite de porta em porta e isso quase lhe foi fatal nas pretensões para um "Hábito de Cristo".
Por via das dúvidas, o paulista Pedro Taques, cuidadosamente omitiu as atividades mercantis de seus maiores e preferiu louvar as "guerras" de preação de índios dos insignes paulistas.
Entrado o seculo XIX, com a independência, algo deveria mudar e mudou, mas bem pouco, porque a tradição pesa e impõe suas regras. Assim, apesar de não existirem mais as "Ordenanças" muitos fazendeiros continuaram a ostentar seus títulos de "Capitão Mor". ( Muitas vezes obtidos por seus pais e herdados pelos filhos - sabe-se lá baseado em que lei.)
Avançando o século, alguma coisa foi mudando e, ao final do inefável reinado de Pedro (o segundo), já poucos tinham a coragem de Bernardo Pereira de Vasconcelos que declarou solenemente na Câmara de Deputados: "A África civiliza o Brasil". Em poucas palavras: a África fornecia os negros para os trabalhos duros para permitir aos senhores brancos que se dedicassem às coisas do Espirito e às Letras. ( Já naquela época, como ainda hoje, a Civilização Brasileira dependia da educação.)
O ideal a ser imitado era a nobreza inglesa com seus pajens impecáveis e louros, Mas, por aqui, os nobres tinham que se contentar com os negros no serviço, vestidos mais ou menos decentemente, já que qualquer branco, só por ser branco, se considerava com fumos de nobreza e, portanto, inapto para trabalhos manuais e pesados.
Velhos fazendeiros enriquecidos gastavam parte substancial da fortuna acumulada para terminar a vida ostentando um titulo de nobreza. Nossa famosa "nobreza de pijama".
Outra modernidade do seculo XIX era que os títulos de nobreza brasileiros não eram herdados pelos filhos mas, como a tradição tinha suas exigências, a Baronesa de São João del Rei aparecia, na procissão de endoenças, com alguns negrinhos carregando copos de prata com água fresca para matar a sede dos fiéis compungidos com a encenação do sofrimento do Cristo.
Dispensado o Imperador, por inútil, depois de consumada a Abolição da Escravatura, uma das primeiras medidas da jovem República dos Fazendeiros foi criar o STF, onde os filhos letrados poderiam seguir exercendo o seu poder de justiça e sem trabalharem muito mas muito mandando.
O STF já nasceu senil. Um agrupamento de fazendeiros assustados com a necessidade de ter que pagar salários a seus trabalhadores. Mas sempre, como ainda hoje, um bastião da tradição mandonista etc.

Aula de fotografia - 8

:(  NÃO SELECIONÁVEL
:) SELECIONÁVEL

Relógios

O relógio que fornece três minutos de quebra, o relógio em que as horas passam (literalmente), o relógio da Lua, o relógio da saideira e o relógio etc.
Fique atualizado em relógios incomuns olhando este slideshow.

(use →)

20 novembro, 2012

Poderosos e "poderosos" no mensalão

por Paulo Moreira Leite
Num esforço para exagerar a dimensão do julgamento do Supremo, já tem gente feliz porque agora foram condenados “poderosos…”
Devagar. Você pode até estar feliz porque José Dirceu, José Genoíno e outros podem ir para a cadeia e cumprir longas penas.
Eu acho lamentável porque não vi provas suficientes.
Você pode achar que elas existiam e que tudo foi expressão da Justiça.
“Poderosos?” Vai até o Butantã ver a casa do Genoíno…
Poderosos sem aspas, no Brasil, não vão a julgamento, não sentam no Supremo e não explicam o que fazem. As maiores fortunas que atravessaram o mensalão ficaram de fora, né meus amigos. Até gente que estava em grandes corrupções ativas, com nome e sobrenome, cheque assinado, dinheiro grosso, contrato (corrupção às vezes deixa recibo) e nada.
Esses escaparam, como tinham escapado sempre, numa boa, outras vezes.
É da tradição. Quando por azar os poderosos estão no meio de um inquérito e não dá para tirá-los de lá, as provas são anuladas e todo mundo fica feliz.
É só lembrar quantas investigações foram anuladas, na maior facilidade, quando atingiam os poderosos de verdade… Ficam até em segredo de justiça, porque poderoso de verdade se protege até da maledicência… E se os poderosos insistem e têm poder mesmo, o investigador vira investigado…
Poderoso não é preso, coisa que já aconteceu com Genoíno e Dirceu.
Já viu poderoso ser torturado? Genoíno já foi.
Já viu poderoso ficar preso um ano inteiro sem julgamento?
Isso aconteceu com Dirceu em 1968.
Já viu poderoso viver anos na clandestinidade, sem ver pai nem mãe, perder amigos e nunca mais receber notícias deles, mortos covardemente, nem onde foram enterrados? Também aconteceu com os dois.
Já viu poderoso entregar passaporte?
Já viu foto dele com retrato em cartaz de procurados, aqueles que a ditadura colocava nos aeroportos. Será que você lembrou disso depois que mandaram incluir o nome dos réus na lista de procurados?
Poderoso? Se Dirceu fosse sem aspas, o Jefferson não teria dito o que disse. Teria se calado, de uma forma ou de outra. Teriam acertado a vida dele e tudo se resolveria sem escândalo.
Não vamos exagerar na sociologia embelezadora.
Kenneth Maxwell, historiador respeitado do Brasil colonial, compara o julgamento do mensalão ao Tribunal que julgou a inconfidência mineira. Não, a questão não é perguntar sobre Tiradentes. Mas sobre Maria I, a louca e poderosa.
Tanto lá como cá, diz Maxwell, tivemos condenações sem provas objetivas. Primeiro, a Coroa mandou todo mundo a julgamento. Depois, com uma ordem secreta, determinou que todos tivessem a vida poupada – menos Tiradentes.
Poderoso é quem faz isso.
Escolhe quem vai para a forca.
"Poderoso" pode ir para a forca, quando entra em conflito com sem aspas.
Genoíno, Dirceu e os outros eram pessoas importantes – e até muito importantes – num governo que foi capaz de abrir uma pequena brecha num sistema de poder estabelecido no país há séculos.
O poder que eles representam é o do voto. Tem duração limitada, quatro anos, é frágil, mas é o único poder para quem não tem poder de verdade e depende de uma vontade, apenas uma: a decisão soberana do povo.
[...]
► Texto na íntegra na revista Época.

Uma novidade no shopping

Sinais de pontuação pouco usuais

São tão pouco conhecidos que hoje resolvi divulgar dois deles. Observe como podem ser úteis.



Vírgula de exclamação
Para você usar quando estiver animado, mas não quer terminar a frase.








Vírgula de interrogação
Para você perguntar e continuar falando sem ter que ouvir a resposta.

19 novembro, 2012

O roteiro da novela "mensalão"

por Najla Passos
Se há uma linguagem que o brasileiro comum domina e aprecia é a da telenovela. Farta literatura acadêmica aponta a popularidade do principal produto cultural de exportação brasileiro como a razão que lhe confere alta efetividade na construção de consensos hegemônicos. Há exemplos consagrados de produções que inovaram padrões estéticos, alteraram costumes, reforçaram estereótipos e interferiram no comportamento político da nação. Não por acaso, foi justamente o formato de telenovela o escolhido para dar corpo ao julgamento da ação penal 470, o “mensalão”, que invade os lares dos brasileiros há quase quatro meses, televisionado pela TV Justiça e reverberado em edições do estilo “melhores momentos” pelo noticiário.
Antes mesmo de o julgamento ter início, os jornais já apresentavam a sinopse do enredo, a descrição dos personagens. Herói e vilão foram previamente fixados no imaginário coletivo, assim como quem seriam os protagonistas e os coadjuvantes do elenco escalado. A nomenclatura adotada não deixou nada a dever aos conhecidos roteiros da teledramaturgia. O processo foi fatiado em “capítulos”. Os réus, agrupados em “núcleos”. Tudo ao melhor estilo “padrão globo de qualidade”.
Embora os resumos dos capítulos estivessem antecipados, diariamente, nos jornalões, a direção geral, assinada pelo relator do processo, Joaquim Barbosa, não economizou em inovar as estratégias para surpreender o público. Com o apoio da maioria dos ministros, que se produzia diariamente para enfrentar os holofotes, negou a 34 réus o direito constitucional à dupla jurisdição. Inverteu a ordem dos capítulos sugerida no roteiro prévio feito pelo Ministério Público. E a alterou, novamente, quando a audiência dava sinais de cansaço, no atropelado processo de fixação das penas.
Fez merchandising de teoria jurídica estrangeira que até então ainda não havia assegurado espaço no mercado judiciário brasileiro. E o pior: com uma releitura tão tacanha que “obrigou” o alemão Claus Roxin, autor da obra original, a vir ao Brasil desautorizar seu uso indevido. Reagiu rápido e mudou o foco da polêmica ao apenar os protagonistas antes que o enredo desandasse de vez. Atropelou garantias individuais consagradas para manter o cronograma que, como tantas outras novelas globais já o fizeram, intencionava influir nas eleições.
[...]
Siga lendo no site Carta Maior.

O trenzinho do caipira

CAFÉ COM PÃO, RIACHO, NÃO?

Imagine... (2)

Nelson Cunha, por iPad
Nada de fotografia!
O futuro do narcisismo é a foto em 3D. Vivemos a época das celebridades onde todos querem alcançar a fama. Olha o sucesso do Facebook.
Não há mais intimidade e já fui obrigado a ver foto de um amigo sentado no trono higiênico.
Imagine agora se resolverem me mandar suas respectivas estátuas?
Já vou avisando, se mandarem, vou retribuir com minha imagem em ereção (enquanto houver).

A famosa fórmula matemática que deu notoriedade a Einstein (E=mc2), onde " m" é massa e "c" a velocidade da luz, dá para avaliar o enorme consumo de energia (E) nas sociedades modernas. Por essa fórmula, se transformássemos um grama de matéria em energia, poderíamos obter uma explosão equivalente a 67 caminhões carregados com dinamite.
O artefato que faz essa conversão é a bomba de hidrogênio, embora com pouquíssima eficiência. Ela consegue extrair da matéria no máximo 1% da energia contida.
Imagine se transformássemos toda a massa de um Fiat Uno (810 kg) em energia?
Pois esse é o dispêndio energético durante um ano apenas nos Estados Unidos, país que representa 20% do PIB mundial.

Arquivo
O primeiro Imagine...

O sultão do polipropileno

Um japonês de 45 anos comprou mais de 100 bonecas do tipo RealDoll, gastando cerca de 170 mil dólares com elas, afirmando:
“As mulheres de verdade podem me enganar, me trair. Estas são 100 por cento minhas.”

No mercado do entretenimento erótico, estas bonecas são consideradas o ápice da simulação sexual para homens solitários. Desenvolvidas pela empresa californiana Abyss Creations, apresentam um esqueleto de PVC, articulações de aço, pele de silicone etc. e se parecem espantosamente com mulheres.
Graças à textura do silicone realista, a RealDoll pode ser lubrificada, aquecida com cobertores térmicos (para igualar-se à temperatura do corpo de um ser humano), e ainda ser maquiada, vestida...
Pode-se dizer que esse "japa" virou um sultão do polipropileno.

18 novembro, 2012

O Programa de Navios da Transpetro

Navio petroleiro João Cândido
Maior armadora da América Latina, a Transpetro está renovando a sua frota. Os 49 novos petroleiros, que serão construídos por meio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), representam uma guinada na indústria naval, estagnada no Brasil desde a década de 80. O Promef faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
O Promef tem como premissas a construção dos navios no Brasil, com índice de nacionalização de 65% na primeira fase e de 70% na segunda e a garantia de estaleiros modernos e competitivos em nível internacional.
Até agora, foram lançados cinco navios, sendo um construído no estado de Pernambuco e quatro no Rio de Janeiro. Batizados com nomes relevantes da história brasileira, as embarcações homenagearam João Cândido, Celso Furtado, Sérgio Buarque de Holanda, Rômulo Almeida e José Alencar. Os navios Celso Furtado e João Cândido (*) foram entregues e estão em operação.
O Programa de Navios também é responsável pela geração de empregos. Já foram criadas mais de 15 mil vagas diretas e este número deve chegar a 40 mil empregos diretos e 160 mil indiretos. Há, ainda, anúncio de novas construções, além da implantação e da expansão de estaleiros. Outras áreas foram impulsionadas, entre elas a de navipeças, a siderúrgica e a metalúrgica, que fornecerão insumos para a construção dos navios encomendados.
Com a frota renovada, a Transpetro poderá responder melhor aos desafios impostos pelo aumento da produção nacional de combustíveis e da autossuficiência em petróleo, e pela expansão da Petrobras no Brasil e no exterior.

(*) Entrou em operação no dia 25 de maio de 2012. Construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, foi o primeiro navio do Promef a deixar o dique seco em direção ao mar. A embarcação, que homenageia o marinheiro João Cândido, líder da Revolta da Chibata, representa um marco para o País, ao consolidar o setor naval no estado de Pernambuco. Medindo 274 metros de comprimento, 48 metros de largura e 52 metros de altura, esta embarcação tem capacidade para transportar 1 milhão de barris de óleo cru e será utilizada, principalmente, em viagens internacionais, de longo curso.  www.promef-transpetro.com.br

27/05/2012 - Recordando...
Uma resposta aos descrentes

Rabo-de-cavalo

O verdadeiro rabo-de-cavalo - pronto para usar! Como mostra uma garota nesta fotografia que foi publicada em The Hair Hall of Fame, um site especializado em estranhos penteados e perucas.


Más línguas acham que essa peruca pode estimular a prática de uma perversão sexual conhecida pelo nome latino de "cunniequus".

Ig Nobel 2012
O Prêmio de Física foi concedido a Joseph Keller, Raymond Goldstein, Patrick Warren e Robin Ball que calcularam as forças que dão forma e movimento ao rabo-de-cavalo no ser humano.

Em tempo
Patrick Warren, um dos agraciados com o prêmio, vai proferir amanhã (19/11), às 19 horas, esta imperdível palestra: "How to use physics to predict the shape of a ponytail". A conferência é gratuita e aberta ao público no Western Lecture Theatre, Bussiness School, University of Leeds.

Perdão, mas poderá também gostar de...
Por um rabo-de-cavalo

Compasso e tesoura biológicos

Como desenhar um círculo sem ter um compasso:


Como cortar um galho sem ter uma tesoura:

Sexto aniversário de EntreMentes

EntreMentes (como é espinhoso a gente escrever sem metáforas!) colhe hoje a sexta flor no mandacaru de sua existência.
Dividimos a alegria desta data com o Blogger, os colaboradores Nelson José Cunha e Fernando Gurgel Filho, os blogueiros amigos e com os nossos leitores - diaristas e eventuais.
Quanto a nossos seguidores, já publicamos uma postagem específica só para eles.
São nossos números:
Postagens: 3.985
Acessos: 222.150
Comentários: 1.107
E as catracas não param. Em muitas palavras e expressões pesquisadas no Google, aparecemos na primeira página dos resultados. Na consulta para... "entrementes", por exemplo.
Como dizíamos, ao colher a tal sexta flor... Oops, alguém tem um band-aid aí?!

17 novembro, 2012

On the rocks







Tradução
Plantando bananeira em uma escada sobre as rochas.

Tudo que vicia começa com "c"

"Os vícios vêm como passageiros, visitam-nos como hóspedes e ficam como amos."
Confúcio
"Há momentos na vida de um ser humano em que ele se vê sem nada realmente interessante pra fazer. Assim, sem companhia, computador ou iPod e com o celular fora de serviço, numa viagem de ônibus para Cruz Alta, fui obrigado a me divertir com os meus próprios pensamentos. Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios.
Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei, pensei e, de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra c! De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê.
Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da Cannabis sativa que também começa com cê.
Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também – adivinha – começa com a letra c.
Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum. Impressionante, hein?
E o chocolate? Este dispensa comentários. Vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana.
Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada “créeeeeeu”. Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade… cinco.
Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra c. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o “ato sexual”, e este é denominado coito.
Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura.

O texto também está em VÍDEO.

Verdade, beleza e Volapük

Johann Schleyer foi um padre alemão cuja irracional paixão por tremas pode ter sido sua ruína. Durante uma noite sem dormir, em 1879, sentiu uma presença divina que lhe dizia para criar uma linguagem universal.
O resultado foi o Volapük. Ele foi projetado para ser fácil de aprender, com um sistema de raízes simples, derivadas de línguas europeias, e de afixos regulares que eram ligados às raízes para fazer novas palavras. Volapük foi a primeira língua inventada a obter sucesso generalizado. Até o final da década de 1880, havia mais de 200 sociedades e clubes Volapük ao redor do mundo e 25 revistas que saíam nesse idioma.
"Uma língua sem trema", escreveu ele, "parece monótona, dura e chata."
Embora muitos membros da crescente comunidade Volapük possam ter concordado com o seu julgamento estético, muitos outros pensaram que, para o Volapük ter uma chance séria de ser uma língua mundial, os tremas tinha que ir. De fato, especialmente nos Estados Unidos, os tremas somente acrescentaram ao Volapük um ar ameaçador, ridículo e de estranheza.
Em 1890, o movimento Volapük estava desmoronando devido às discussões sobre os tremas e outras reformas.

Foto: Johann Schleyer, aos 50 anos, com uma harpa dada a ele como presente de aniversário por seus colegas da Sionsharfe, uma revista dedicada à poesia católica, que Schleyer editou pela primeira vez em Volapük, em 1879.

TRÜTH, BEAÜTY, AND VOLAPÜK, The Public Domain Review

POEMA DA NECESSIDADE
Carlos Drummond de Andrade. In: "Sentimento do mundo"
É preciso casar João,
é preciso suportar Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO.

Postagens relacionadas
Línguas artificiais e É grego para mim

Uma festa dos bichos na África

A maruleira está carregada. Um macaquinho dá o sinal de partida ao subir na árvore para saborear seus frutos. Não querendo ser excluído da comilança, um elefante dá trombadas na maruleira para que os frutos caiam onde possa comê-los. E, ao vê-los amontoados no chão sob a árvore, a girafa, a avestruz, o gnu, o cervo e os javalis vão chegando...
É uma festa dos bichos na África!
Bem, excessos acontecem...







Amarula
É um licor de origem africana preparado com creme de leite e suco do fruto da maruleira (Sclerocarya birrea). Tem 17% de álcool em sua composição e o sabor é suave, semelhante ao do caramelo.
Este licor é comercializado pela Southern Liqueur Company of South Africa.

16 novembro, 2012

Nota do PT sobre a Ação Penal 470

O PT, amparado no princípio da liberdade de expressão, critica e torna pública sua discordância da decisão do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento da Ação Penal 470, condenou e imputou penas desproporcionais a alguns de seus filiados.
Capítulos do documento:
1. O STF não garantiu o amplo direito de defesa
[...]
2. O STF deu valor de prova a indícios
[...]
3. O domínio funcional do fato não dispensa provas
[...]
4. O risco da insegurança jurídica
[...]
5. O STF fez um julgamento político
[...]

“Falta provar que ele (Dirceu) cometeu os delitos de que é acusado, se o julgamento é jurídico. Se o julgamento é político, falta aos juízes provar a sua condição de eleitos pelo povo.” —  Mauro Santayana

A cerveja milagrosa

Esta cerveja é um sucesso no mundo inteiro. Seu efeito é incomparável. Deixa as mulheres mais gostosas e a conversa mais interessante.
Nelson Cunha

APRECIEM AQUI SEM MODERAÇÃO

O segredo do Acrobat Reader

Tempo é mixórdia

Ora, já temos um sistema de registrar o tempo que é uma mixórdia. Dos babilônios herdamos a hora de 60 minutos; dos egípcios, o dia de 24 horas; dos hebreus, a semana de 7 dias.
Quanto aos meses, eles nos foram legados pelos gregos, através dos romanos, com estes últimos ampliando a confusão. Pois Júlio César e seu sucessor, imperador Augusto, como medidas de autolatria, rebatizaram dois meses do ano com os nomes de "julho" e "agosto". Além disso, subtraíram um dia do mês de fevereiro, a fim de fazer - por uma questão de prestígio - com que os "seus" meses ficassem com 31 dias.
E o pobre do fevereiro, sem ter patrono, ficou reduzido a 28 dias (29, nos anos bissextos). PGCS


Minutos Microsoft
Diz-se do tempo estimado e completamente irreal que transcorre quando se está copiando arquivos através do Microsoft Explorer.

15 novembro, 2012

A Teoria da Katchanga

Não obstante a brilhante explanação do autor da Teoria da Katchanga (a qual, inobstante minha irrelevância, recomendo a leitura), por demasiado extensa e complexa, reservo-me a transcrever apenas a parte folclórica (a estória da Katchanga).
A estória da Katchanga...(sumariamente narrada, com exclusão da teoria jurídica subjacente)
Mas, vamos a estória: existia um Cassino que aceitava todos os tipos de jogos. Havia uma placa na porta: aqui se jogam todos os jogos! Isto é, não havia nada que ficasse de fora do “sistema de jogo” do Cassino.(...)
Poderíamos chamar esse “sistema do cassino” de uma espécie de “Cassino Fundamental” (um Grundcassino?)…! De uma forma mais sofisticada, pressupõe-se que “todos os jogos sejam jogados”, ou algo nessa linha. As derivações são múltiplas, pois.
Pois bem. Chegou um forasteiro e desafiou o croupier do cassino, propondo-lhe o jogo da Katchanga. Como o croupier não poderia ignorar esse tipo de jogo – porque, afinal, ali se jogavam todos os jogos (...) –, aceitou, ciente de que “o jogo se joga jogando”, portanto, não há lacunas no “sistema jogo”.
Veja-se que o dono do Cassino, também desempenhando as funções de croupier, sequer sabia que Katchanga se jogava com cartas… Por isso, desafiou o desafiante a iniciar o jogo, fazendo com que este tirasse do bolso um baralho. Mais: o desafiado também não sabia com quantas cartas se jogava a Katchanga… Por isso, novamente instou o desafiante a começar o jogo.
O desafiante, então, distribuiu dez cartas para cada um e começou “comprando” duas cartas. O desafiado, com isso, já aprendera duas regras: 1) Katchanga se joga com cartas; 2) é possível iniciar “comprando” duas cartas. Na sequência, o desafiante pegou cinco cartas, devolveu três; o desafiado (croupier) fez o mesmo. Eram as regras seguintes.
Mas o “Grundcassinero” (chamemos ele assim) não entendia o que fazer na sequência. O que fazer com as cartas? Eis que, de repente, o desafiante colocou suas cartas na mesma, dizendo “Katchanga”… e, ato contínuo, puxou o dinheiro, limpando a mesa. O “Grund…”, vendo as cartas, “captou” que havia uma sequência de três cartas e as demais estavam desconexas. Logo, achou que ali estava uma nova regra.
Dobraram a aposta e… e tudo de novo. Quando o “Grund…” conseguiu fazer uma sequência igual a que dera a vitória ao desafiante na jogada primeira, nem deu tempo para mais nada, porque o desafiante atirou as cartas na mesa, dizendo “Katchanga”… Tinha, desta vez, duas sequências…! Dobraram novamente a aposta e tudo se repetiu, com pequenas variações na “formação” do carteado. O “doutor Grund…” já havia perdido quase todo o dinheiro, quando se deu conta do óbvio: a regra do jogo estava no enunciado “ganha quem disser Katchanga primeiro”.
Pronto. O “doutor” “Grund…” desafiou o forasteiro ao jogo final: tudo ou nada. Todo o dinheiro contra o que lhe restava: o Cassino. E lá se foram. O desafiante pegava três cartas, devolvia seis, buscava mais três, fazia cara de preocupado; jogava até com o ombro… E o “Doutor Grund”, agora, estava tranquilo. Fazia a sua performance. Sabia que sabia!
Quando percebeu que o desafiante jogaria as cartas para dizer Katchanga, adiantou-se e, abrindo largo sorriso, conclamou: Katchanga… e foi puxar o dinheiro. O desafiante fez cara de “pena”, jogando a cabeça de um lado para outro e, com os lábios semi-cerrados, deixou escapar várias onomatopeias (tsk, tsk, tsk)… Atirou as cartas na mesa e disse: Katchanga Real!
Moral da estória: a dogmática jurídica sabe tudo, tem – sempre – todas as saídas, mas sempre sobra algo!!! Os sentidos não cabem na regra. A lei não está no direito, e vice-versa. Não há isomorfia. Há sempre um não-dito, que pode ser tirado da “manga do colete interpretativo”. Esse é o papel da interpretação. Para o “bem” e para o “mal”…!
E o Supremo Tribunal Federal adotou a Teoria da Katchanga, em substituição à norma fundamental exposta na Teoria Pura de Hans Kelsen.

►A Teoria da Katchanga e a Ação Penal 470: uma outra interpretação possível - por Sergio Medeiros Rodrigues

Recuerdos


É uma brincadeira. O correto seria: MEU PAI ESTEVE EM CHERNOBYL. Os efeitos genéticos da radiação ionizante - que podem resultar em mal-formações - manifestam-se apenas na descendência dos indivíduos que sofreram exposição a este agente físico.

De viver e de morrer

1
Ontem, minha esposa e eu estávamos sentados na sala, falando de muitas coisas da vida. Falávamos de viver, de morrer...
Então, eu lhe disse:
Nunca me deixe viver em estado vegetativo, dependendo somente de máquinas e líquidos. Se você me vir nesse estado, desligue tudo o que estiver me mantendo vivo, por favor!
Ela se levantou, desligou a televisão, o computador, o ventilador e jogou minha cerveja fora.
Não é uma FDP uma mulher desta?
(autor desconhecido)
2
3
Slideshows: TENTATIVAS DE SUICÍDIO, UM POUCO DE MAMBA?  e A MORTE.

Fulgurites

Fulgurites (do latim fulgur, que significa raio) são tubos de vidro formados pela areia (sílica) de um solo que foi atingido por um raio. Eles são formados quando um raio com uma temperatura de pelo menos 1.800°C derrete instantaneamente a sílica, a qual é de imediato e espontaneamente resfriada. Este processo ocorre ao longo de um período de cerca de um segundo, e deixa evidências da dispersão do raio sobre a superfície terrestre. Fulgurites têm a aparência de raízes, são ocos, podem medir alguns metros de comprimento (o maior deles, de 4,9 metros, foi encontrado na Flórida) e sua cor varia de acordo com a composição da areia. São também chamados de raios petrificados e a queda de fios de redes de alta tensão pode também produzi-los. WIKIPÉDIA


A má sina dos sineiros
O campanário da igreja de São Marcos, em Veneza, já  foi destruído três vezes por raios. Em 1769, um deles atingiu a torre da igreja de St. Nazaire, França, cujo interior continha 100 toneladas de pólvora. Um sexto da cidade foi destruída, e 3.000 pessoas morreram. Para agravar os danos das descargas atmosféricas, já existiu a crença desastrosa de que tocar sinos acalmava as trovoadas. Segundo o Futility Closet, apenas num período de 33 anos (quando?), os raios que atingiram 386 torres de igrejas (onde?) mataram 103 tocadores de sinos.

Postagem relacionada: Esta eu deixo com o Aleixo

14 novembro, 2012

O silêncio que ofende a consciência nacional

Neste artigo publicado no Blog do Saraiva, comentando um texto do jornalista Janio de Freitas na Folha de SP (13/11), Saul Leblon escreveu:
Quem não se lembra do filme “Annie Hall” de Woody Allen?
Há ali uma cena que sugere a prefiguração desse entrecho lúdico.
Numa fila de cinema, um douto sabichão da Universidade de Columbia pontifica cataratas de sapiência hermética, ancoradas no manuseio legitimador das teorias de Marshall McLuhan.
Woody Allen e sua garota, vivida por Diane Keaton, ouvem enfadados o buzinaço do ilustre especialista. Até que Woody resolve dar um basta e afronta a pompa pretensiosa com algo do tipo: "Voce não entende nada do que está falando". A eminente autoridade então dá a carteirada mortal, algo do tipo: “Sou professor de semiologia –da Colúmbia– e com doutorado em McLuhan!”
Allen dá dois passos na cena e introduz o compridão McLuhan; ele mesmo em carne e osso. O canadense, autor de ‘O Meio é a Mensagem’ e do conceito de ‘aldeia global’ , faz uma ponta para desmontar o falastrão empolado com um sabão categórico: “Você não entendeu nada da minha teoria”.
No filme, a intervenção de McLuhan reverteu o engodo feito de palavrório anestesiante. No Brasil, a desautorização explícita do criterioso Roxin foi desdenhada pela ignorância ou a má fé. E sua teoria usada para consagrar um silêncio que ofende a consciência nacional: a voz das provas.
A seguir, assista ao trecho acima lembrado, do filme "Annie Hall":

... e leia o texto de autoria de Janio de Freitas:

Um tomógrafo tematizado e humanizado

A Prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou este ano no Hospital Municipal Jesus, em Vila Isabel, um tomógrafo decorado como se fosse um submarino. Ele fica em uma sala ambientada como um oceano, de modo a tentar tornar o exame mais humanizado e menos assustador para as crianças. Os sons e luzes teatralizadas e suaves ajudam a criar a ambientação deste projeto concebido por Gringo Cardia.
Fonte: Paula Rizzo, Cool*ruja


Franquias de filmes



Agora que Leia é uma princesa Disney - onde está Obi-Wan quando a gente mais precisa  dele? - vale a pena dar uma olhada neste INFOGRÁFICO para saber quem pertence a qual estúdio. E assim ficar preparado para o que pode vir da indústria cinematográfica.

Y tú, ¿de quién eres?, Microsiervos

16/11/2012 - Atualizando...
BONJOUR STAR WARS - Cante junto com a Princesa Leia e seus novos amigos esta paródia de "Belle", de "A Bela e a Fera".

Os privilégios das mulheres peitudas

►►

Slideshow relacionado: HAJA PEITO!

13 novembro, 2012

A gente vai Lewandowski

Participação no comando do mensalão tem de ser provada
Insatisfeito com a jurisprudência alemã –que até meados dos anos 1960 via como participante, e não como autor de um crime, aquele que ocupando posição de comando dava a ordem para a execução de um delito–, o jurista alemão Claus Roxin, 81, decidiu estudar o tema.
Aprimorou a teoria do domínio do fato, segundo a qual autor não é só quem executa o crime, mas quem tem o poder de decidir sua realização e faz o planejamento estratégico para que ele aconteça.
Nas últimas semanas, sua teoria foi citada por ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do mensalão. Foi um dos fundamentos usados por Joaquim Barbosa na condenação do ex-ministro José Dirceu. Roxin diz que essa decisão precisa ser provada, não basta que haja indícios de que ela possa ter ocorrido.
“Quem ocupa posição de comando tem que ter, de fato, emitido a ordem. E isso deve ser provado”, diz Roxin. Ele esteve no Rio há duas semanas participando de seminário sobre direito penal. [...]
Claus Roxin, em entrevista publicada na Folha/UOL
Aliás...
O Ministro Ricardo Lewandowski já tinha alertado o Plenário do STF, durante a condenação de José Dirceu, de que o pensamento de Claus Roxin estava sendo distorcido:
"Nesse caso não há fungibilidade porque os réus são nominados, identificados, eles têm nome, RG, endereço, não há uma razão, a meu ver, para se aplicar a teoria do domínio do fato. Não há porque nos não estamos em uma situação excepcional, nós não estamos em Guerra, felizmente. Então Senhor Presidente, eu termino dizendo que não há provas e que essa teoria do domínio do fato nem mesmo se chamássemos Roxin poderia ser aplicada ao caso presente."
Texto extraído a partir de 41 minutos deste vídeo.
“Agora, o próprio Roxin desautorizou o Supremo”, frisou o Ministro.
O desagravo a Lewandowski
Do grande magistrado se espera a sabedoria, não a erudição desenfreada e vazia dos que cultivam citações fora do contexto. Espera-se a simplicidade, não a empáfia dos pobres de espírito. Espera-se a responsabilidade dos que sabem estar tratando com o destino de pessoas; não a insensibilidade dos indiferentes ou o orgasmo dos carrascos.
O grande magistrado faz-se ao longo de sua história, e não através de um grande momento, da bala de prata, do discurso rebuscado e irresponsável que acomete os vaidosos quando expostos aos holofotes da mídia. Espera-se a coragem verdadeira, dos que enfrentam até os ataques ao caráter sem abrir mão de suas convicções ; e não a coragem enganadora dos berros, dos gritos de quem quer se fazer notar pelo escândalo.
A coragem do grande magistrado se manifesta quando exposto ao clamor da turba, quando não perde a calma ao enfrentar o populacho; e não quando cede ao jogo de cena que fabrica linchamentos e compromete a isenção.[...]
Julgamento do mensalão já começa a ser julgado
Que papel a história reserva para os ministros do Supremo Tribunal Federal que conduziram o espetáculo? Como eles serão lembrados no futuro? Aos poucos, os ministros descobrem que a vida não se encerra no Jornal Nacional, que reservou alguns segundos de fama para os juízes num especial de 18 minutos sobre o tema. [...]
E Ricardo Lewandowski teve a coragem de ser juiz. Foi o único que alertou para o equívoco que vinha sendo cometido em relação à doutrina do "domínio do fato". Em importante entrevista publicada neste domingo, o autor da teoria, Claus Roxin, afirma que essa doutrina não elimina a necessidade de provas e que julgamentos não devem ser conduzidos pelos meios de comunicação, como verdadeiros espetáculos.
Pois o show está chegando ao fim, as cortinas estão se fechando e, agora, cada ministro terá que lidar com sua própria consciência.
Para quem assistiu de fora, fica a questão: ainda há juízes em Brasília?
Uma falsa unanimidade a menos
Se existisse uma réstia, um único miserável e isolado átomo de honestidade nessa imprensa mistificadora que temos no Brasil, todos os jornais, telejornais, rádios, blogs e sites corporativos que espalharam versões sobre “repúdio popular” ao ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, a esta altura deveriam estar noticiando o contraponto disso, uma massa de quase quatro mil pessoas neste blog e mais de seis mil no Facebook que endossaram um manifesto de desagravo a ele pelas agressões e calúnias de que tem sido vítima, as quais, incessantemente, flertam com o crime contra a honra. [...]
Fizemos justiça a um justo, neste blog. E ainda puxamos o tapete de mais uma falsa unanimidade destro-midiática. Não há dinheiro, nesta galáxia, que pague por isso.
PS: o manifesto em desagravo ao doutor Ricardo Lewandowski será entregue a ele proximamente.
Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania

20/01/2013 - Atualizando...
Aproximadamente 5 mil pessoas manifestaram apoio ao ministro via Blog da Cidadania, do Eduardo Guimarães. E o ministro agradeceu. Vídeo
Ministro Lewandowski recebe voto de solidariedade da Faculdade de Direito da USP