18 junho, 2013

O Canal da Nicarágua

Uma empresa chinesa, dirigida por um magnata das comunicações de Hong Kong, ganhou a concessão para construir e explorar o Canal da Nicarágua pelos próximos 100 anos. Enquanto o governo já sonha com grandes lucros, especialistas questionam os impactos sobre as terras indígenas e sobre a maior reserva de água do país, o Lago Nicarágua.
A ideia repousou na gaveta durante 200 anos – mas agora, finalmente, ela deverá se tornar realidade: a construção de um canal navegável atravessando a Nicarágua e que ligará o Atlântico ao Pacífico. O plano pretende levar o segundo país mais pobre das Américas, depois do Haiti, a ganhar um papel mais relevante na economia mundial.
O canal da Nicarágua deverá ser mais profundo, mais largo e, com 200 quilômetros de comprimento, quase três vezes mais extenso do que o Canal do Panamá. Através da nova passagem, a ser construída pela HK Nicaragua Canal, grandes navios transportarão cerca de 5 por cento do comércio marítimo mundial.
Os nicaraguenses já podem ter uma ideia da rentabilidade desse empreendimento. A poucas centenas de quilômetros ao sul, o Panamá ganha anualmente 1 bilhão de dólares – uma cifra que tende a subir com a dragagem que está sendo feita no Canal do Panamá para que navios cargueiros maiores possam atravessá-lo, pagando taxas de pedágio ainda mais altas.
Além do canal, os chineses deverão construir dois portos de águas profundas, um oleoduto, uma linha férrea e um aeroporto internacional.
Comentário
Por conta do canal, os chineses não vão provocar nenhuma cisão no país e criar uma zona exclusiva, não vão colocar uma base militar na Nicarágua, nem instalar lá uma escola de tortura para instruir os golpistas do continente. Tudo isto pode ser atribuído a outra potência imperialista que nos inferniza.
Almeida, LNOL

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