24 maio, 2014

O legado etílico de Dona Carlota

Fernando Gurgel Filho
A personalidade e o caráter de Dona Carlota Joaquina ainda ecoa em terras tupiniquins, quase duzentos anos depois. Seus atributos estão presentes, mais vivos do que nunca, em alguns de ilustres moradores do Patropi que ainda se dizem brasileiros.
O escritor português Alexandre Borges, no livro "Histórias Secretas de Reis Portugueses" afirma que: "Terra de mosquitos e carrapatos" era a expressão com que ela gostava de descrever o Brasil. Procurou, repetidas vezes, contrariar o ímpeto governamental para o desenvolvimento do território e tudo fez para que jamais aqui passasse de uma colônia."
Além disso, vivia tentando desestabilizar o reinado do próprio marido, o rei D. João VI, e, por diversas vezes, jogou filho contra pai, irmão contra irmão, tudo o que sabia fazer para atrapalhar o governo. E era a única coisa que sabia fazer.
Alguma semelhança com o comportamento de alguns "brasileiros"?
Pois tem mais, segundo Alexandre Borges: "Não descansou um só dia enquanto não regressou à Europa e era frequente ouvi-la gritar que ficaria cega quando entrasse em Lisboa, dado que vivera anos no escuro, vendo somente negros."
A primeira imperatriz dessa tribo, a julgar pelos historiadores, deixou uma única contribuição positiva ao povo brasileiro, a invenção da caipirinha. "A confirmar-se, terá sido o único contributo da megera-rainha para o bem do Brasil. Ou melhor, da humanidade", afirma Alexandre Borges.
Em suma, apenas isto a distingue de alguns de nossos ilustres moradores do Patropi, que ainda se dizem brasileiros: Carlota Joaquina nos deixou a caipirinha, fruto de suas bebedeiras. Os que herdaram sua personalidade, pretendem deixar o quê? Terra arrasada e miséria?
N. do E.
Essa da invenção da caipirinha pela Dona Carlota Joaquina de Bourbon, embora não confirmada, acabo de incluí-la em meu artigo Inventos Brasileiros. Tem jeito de cultura assimilada dos nativos, uma suspeita que, aliás, não existiria se ela tivesse inventado o bourbon. Mas, tudo bem, do lado de baixo do Equador, é melhor a gente pecar por embriaguez do que por sobriedade.

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