08 junho, 2015

Riscos do campo magnético

Há alguma intensidade no campo magnético em que este apresente riscos à vida?
Vejamos: o campo magnético da Terra mede entre 30 e 60 µT (microteslas), e uma pessoa pode receber 10.000 vezes mais em um exame de ressonância magnética nuclear (RMN) sem que isso lhe cause problemas.
Mas a física impõe seus limites. Entre 10.000 y 100.000 teslas, os átomos se deformam e uma pessoa submetida a esse campo magnético se desintegra – provavelmente, em algum tipo de "derretimento" visível e pouco agradável.
Por sorte, ainda somos incapazes de gerar além de 10 ou 100 teslas, mesmo no LHC (Large Hadron Collider) ou em outros grandes equipamentos científicos. Então, aqui na Terra, estamos bastante seguros. Contanto que não nos aproximemos da estrela magnética SGR 1806-20 que, com seu poderio magnético de 100.000.000.000 teslas (10 GT), é uma autêntica máquina de destroçar átomos.
SGR 1806-20
É um tipo particular de estrela de nêutrons que existe na Via Láctea. Tem um diâmetro não maior do que 20 quilômetros, está a 50.000 anos-luz da Terra e completa uma rotação sobre seu eixo vertical em cada 7,5 segundos  Em 25 de dezembro de 2005, foi registrada uma fortíssima emissão de raios gama por essa estrela magnética. Na opinião de astrônomos, se isso tivesse acontecido a 10 anos-luz da Terra (a distância que nos separa de algumas estrelas mais próximas) haveria trazido um sério perigo à continuidade da vida em nosso planeta.  Essa energia liberada, nos dois centésimos de segundos que durou a explosão, foi superior a toda a energia produzida pelo Sol nos últimos 250.000 anos.

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