30 novembro, 2015

O julgamento de uma bruxaria

Alex Scrivner, Google+
Em 1658, um antepassado meu, René Besnard, dito Bourjoli, foi condenado por bruxaria. Ele havia pedido a mão de uma moça de 13 anos, recém-chegada à América, mas foi rejeitado em favor de outro pretendente.
Vários anos mais tarde, ela e seu marido não tinham tido filhos, então ela acusou seu antigo pretendente de amaldiçoar seu casamento com esterilidade, a ele se referindo nos documentos judiciais como "tendo atado a corda". Ela ainda declarou que ele a tinha procurado, oferecendo-se para acabar com a maldição se ela dormisse com ele.


René foi jogado na masmorra. E o juiz escreveu algumas coisas muito pontuais sobre o quão sortudo René fora de não estar na França, onde seria tratado mais duramente por esse crime. Ele foi condenado, multado e banido do território.
Em seguida, foi concedida ao casal uma anulação do casamento por conta da impotência do marido (que havia sido revelado durante o julgamento, mas que não fora, aparentemente, considerado uma prova para a defesa).
Ela se casou de novo e logo ficou grávida, embora seu marido tenha sido morto por índios antes que a criança houvesse nascido. Ela então se casou pela terceira vez e teve mais 10 filhos.
Seu ex-marido também se casou e, por sua vez, teve 14 filhos.

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