04 setembro, 2016

Contos de fada recontados por Bilíbin

por Ksênia Issáeva
Cento e quarenta anos atrás, em 16 de agosto, nasceu o famoso ilustrador russo Ivan Bilíbin, que foi também um propulsor do folclore eslavo.
Enquanto estudava Direito na Academia de São Petersburgo, Bilíbin também frequentava aulas de pintura.
Foi fortemente influenciado pelas viagens organizadas sob os auspícios do Museu Russo em São Petersburgo. Viajou às regiões de Vologda, Olonetsk e Arkhanguelsk em busca de exemplos da arquitetura de madeira e estudos etnográficos.
A inspiração vinha sob a forma de uma Rússia antiquada, aleijada, poeirenta e mofa. Mas, mesmo sob a poeira, Bilíbin via beleza.
Alcançou seu auge criativo enquanto trabalhava em ilustrações para contos de fadas escritos pelo poeta russo Aleksandr Púchkin. Suas pinturas para "O Conto do Tsar Saltan" e "O Conto do Galo de Ouro", ambos de Púchkin, foram comprados pelo Museu Russo e pela Galeria Tretyakov.
Bilíbin tornou-se muito famoso depois de fazer ilustrações para contos de fadas populares no país, como "Ivan Tsarevitch, o Firebird e o Lobo Cinzento". O artista dedicou sua busca criativa à beleza natural russa. E assim o fez como artista de teatro, e mestre de gráficos, cartazes, desenhos e cartões postais.
Logo após a revolução de 1917, Bilíbin deixou a Rússia. Viveu e trabalhou no Cairo e em Paris, e, em, 1936, retornou à sua terra natal, São Petersburgo, então Leningrado.
Em setembro de 1941, o artista, com 66 anos de idade na época, recusou-se a fugir durante o cerco a Leningrado. “Não se pode fugir de uma fortaleza sitiada, deve-se protegê-la”, disse Bilíbin, que morreu de fome no inverno seguinte.

 "Ivan Tsarevitch". Ver todas da Gazeta Russa
(matéria enviada por Jaime Nogueira) 

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